O Hamas e o Hezbollah receberam com festa, neste fim de semana, os primeiros 78 presos palestinos soltos por Israel. Ao todo serão 150 pessoas livres como parte do acordo de trégua temporária pela troca de 50 reféns — dos 240 sequestrados pelos terroristas em 7 de outubro. Entre os prisioneiros negociados, está uma mulher-bomba.
O primeiro grupo, com 39 presos, foi colocado em liberdade nesta sexta-feira, 24; o segundo, também com 39 pessoas, foi entregue na manhã deste domingo, 26.
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Uma multidão cantando hinos de apoio aos grupos extremistas e levantando as bandeiras do Hamas e do Hezbollah foi para as ruas receber os presos. Alguns dos manifestantes tinham o rosto coberto. Dos 150 que estavam em prisões israelenses, ao menos 60% têm envolvimento com atos terroristas.
Mulher bomba está entre os presos libertos
O segundo grupo de 39 presos libertos por Israel é de mulheres e menores de idades. São moradores da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental. Todos foram acusados ou condenados por crimes de terrorismo. Entre eles, está Israa Jaabis, de 38 anos, condenada por tentar realizar um ato suicida perto de Jerusalém.
Em 2015, Jaabis detonou um cilindro de gás em seu carro, quando foi parada por policiais em um posto de controle na Cisjordânia. Segundo as autoridades israelenses, ela estaria a caminho de Israel, onde detonaria a bomba em ato suicida. Ela foi sentenciada a 11 anos de prisão.
Na ação, um policial ficou ferido no rosto e no peito. A terrorista também ficou gravemente ferida. No ano passado, Jaabis entrou com um requerimento no Serviço Prisional de Israel para fazer uma reparação no nariz, danificado em função da explosão. O pedido foi negado.
Os presos adolescentes foram recebidos pelo Hamas como heróis em Al Bireh, região metropolitana de Ramallah, na Cisjordânia.
Em Jerusalém Oriental, os policiais montados precisaram dispersar a multidão que dava as boas-vindas e aplaudia os presos terroristas colocados em liberdade.
Ministro da Segurança Nacional de Israel manda polícia conter a multidão
O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Bem Gvir, deu ordens à polícia de Jerusalém Oriental para evitar celebrações relacionadas às libertações.
Na semana passada, antes do cessar-fogo de quatro dias para a conclusão da troca de 150 presos palestinos por 50 reféns dos atos terroristas de 7 de outubro, Bem Gvir havia feitos críticas com relação ao acordo entre Israel e o Hamas. Segundo ele, “isso coloca a segurança do país em risco, em futuro próximo”.
No total, 50 reféns israelenses, entre crianças, suas mães e outras mulheres, incluindo idosas, serão libertadas pelo Hamas durante a pausa de quatro dias nos combates.