O chefe da máfia siciliana Matteo Messina Denaro, de 61 anos, morreu nesta segunda-feira 25, na Itália. Ele sofria de câncer de cólon.
Ele recebia tratamento na penitenciária de segurança máxima de L’Aquila.
Com o agravamento de seu estado de saúde, o criminoso foi transferido para um hospital em agosto. Ele recebia tratamento para câncer de cólon na penitenciária de segurança máxima.
Denaro permaneceu 30 anos foragido da polícia e foi preso em janeiro deste ano em Palermo, durante visita a uma clínica, onde recebia tratamento com identidade falsa.
O prefeito de L’Aquila, Pierluigi Biondi, confirmou a morte do mafioso no hospital à agência de notícias Ansa. De acordo com Biondi, a morte de Denaro encerrou “uma história de violência e sangue”.
“Foi o epílogo de uma existência vivida sem remorsos nem arrependimentos, um capítulo doloroso na história recente da nossa nação”, declarou.
Crimes de Denaro
Matteo Denaro foi condenado a prisão perpétua por diversos crimes. Ele foi responsável pelos assassinatos dos promotores italianos Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, em 1992.
Já em 1993, Denaro ajudou a organizar o sequestro de Giuseppe Di Matteo, de 12 anos, para dissuadir o pai do garoto, que era informante da polícia, de depor contra a máfia, de acordo com a Promotoria.
A vítima foi mantida em cativeiro por dois anos antes de ser estrangulada. Depois, o corpo foi dissolvido com ácido.
No mesmo ano, Denaro participou de ataques a bomba em Roma, Milão e Florença, que causaram a morte de dez pessoas.
O criminoso era responsável por comandar o grupo mafioso Cosa Nostra na região de Trapani, na Sicília. Ele ficou conhecido como um dos chefes mais cruéis da máfia italiana e foi retratado nos filmes da trilogia O Poderoso Chefão.
De acordo com a polícia, mesmo foragido, Denaro ainda comandava ações da máfia.