Marcando nove meses desde o início da guerra contra o grupo terrorista Hamas, manifestantes bloquearam rodovias em Israel neste domingo, 7. Os israelenses pedem a renúncia do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e pressionam por um cessar-fogo, que poderia trazer de volta os mais de cem reféns detidos pelos extremistas.
As manifestações ocorrem em um momento em que mediadores internacionais renovam os esforços para negociar um acordo entre o país judaico e o grupo terrorista. Neste sábado, 6, o Hamas deu aprovação inicial a uma proposta de cessar-fogo apoiada pelos Estados Unidos em Gaza. O movimento extremista islâmico deixou de exigir que Israel comprometa-se antecipadamente com um fim completo da guerra.
O “Dia da Disrupção” de domingo começou às 6h29, momento em que o Hamas lançou os primeiros foguetes contra Israel em 7 outubro do ano passado. Os manifestantes bloquearam estradas e protestaram em frente das casas de membros do Parlamento israelense. Perto da fronteira com Gaza, lançaram 1,5 mil balões pretos e amarelos para simbolizar aqueles que foram mortos e raptados pelos terroristas.
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Os combates em Gaza continuam, com nove palestinos mortos em ataques israelenses durante a noite e nas primeiras horas deste domingo. Seis deles foram mortos no centro de Gaza depois que um ataque atingiu uma casa na cidade de Zawaida, segundo o Hospital dos Mártires de al-Aqsa, que é mantido pelo Hamas. Outro ataque aéreo israelense na manhã de domingo atingiu uma casa a oeste da cidade de Gaza, matando outras três pessoas, disse a Defesa Civil da Faixa de Gaza, órgão também sob controle do grupo extremista.
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Israel luta contra o Hamas e o Hezbollah
Também na manhã deste domingo, o grupo terrorista libanês Hezbollah disse ter lançado dezenas de projéteis em direção ao norte de Israel. Os extremistas afirmaram que o objetivo é atingir áreas a mais de 30 quilômetros da fronteira, mais profundas do que a maioria dos lançamentos.
O ataque aconteceu depois que os militares israelenses disseram, em um comunicado, que um ataque aéreo teve como alvo um carro e matou um engenheiro da unidade de defesa aérea do Hezbollah, no sábado. O grupo terrorista confirmou a morte de um de seus integrantes, mas não deu informações sobre a posição dele.
O Ministério da Saúde de Gaza, que está sob controle do Hamas, afirmou, no sábado, que um ataque aéreo israelense matou pelo menos 16 pessoas e feriu ao menos 50 outras em uma escola transformada em abrigo no campo de refugiados de Nuseirat. Militares israelenses disseram que tinham como alvo militantes do Hamas e que, dessa forma, tomaram “várias medidas” para reduzir as vítimas civis.
O compromisso assumido no sábado pelo grupo terrorista Hamas poderá proporcionar a primeira pausa nos combates desde novembro. Além disso, pode preparar o terreno para novas conversas, embora todas as partes ainda tenham alertado que um acordo ainda não está garantido.
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Revista Oeste, com informações da Agência Estado e da Associated Press
Pergunte para os russos se eles negociam com terroristas? A quando tempo não ocorre um atentado terrorista na Rússia?