A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, divulgou um site para eleitores checarem as atas da eleição.
Para ter acesso ao material, o usuário tem de digitar o “RG” que possui na Venezuela.
“No link, você encontrará as atas que processamos e totalizamos até agora, e que confirmam nosso extraordinário triunfo”, disse María Corina. O objetivo da ex-deputada é que a população possa se certificar de que a oposição venceu, além de ajudar a comunidade internacional a verificar os votos.
Na tarde da segunda-feira 29, a ex-deputada disse que reuniu mais de 70% desses documentos, que confirmam a vitória do seu candidato, o ex-diplomata Edmundo González.
María Corina anuncia vitória na Venezuela
Pouco depois de o Conselho Nacional Eleitoral anunciar a reeleição do ditador Nicolás Maduro, María Corina contestou o resultado de 51% a 44%.
Conforme a ex-deputada, a oposição conseguiu aproximadamente 70% dos votos.
Durante uma coletiva de imprensa em Caracas, na tarde de ontem, María Corina revelou ter as evidências de sua vitória.
Ditadura abre inquérito contra a líder da oposição
Ontem, o chefe do Ministério Público da Venezuela, Tarek Saab, anunciou uma investigação contra María Corina, por “fraude eleitoral”.
Conforme Saab, María Corina tentou “adulterar as atas” da disputa pela Presidência. Saab associou ainda a ex-deputada a um suposto ataque hacker aos sistemas do CNE.
De acordo com o procurador-geral, “felizmente, essa ação não teve sucesso, mas atrasou o processo e o anúncio dos resultados”.
“Queriam adulterar as atas”, afirmou Saab, “sem provas, em uma coletiva, ao mencionar a Macedônia do Norte como a origem do “atentado.” “Segundo a informação que recebemos, o principal envolvido nesse ataque seria o cidadão Lester Toledo, tristemente célebre fugitivo da Justiça que se encontra no exterior. Junto dele, aparecem como envolvidos o foragido Leopoldo López e María Corina Machado. Os fiscais estão recolhendo os elementos de convicção dessas ações que tentaram adulterar os resultados.”
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Culpar hackers da Macedônia do Norte foi uma deferência ao juiz brasileiro Luís Roberto Barroso, que eles atacariam o sistema do TSE brasileiro. Provalvelmente, está dando consultoria aos colegas venezuelanos.