O petróleo é a causa de uma explosão de crescimento econômico na Guiana — país no extremo norte da América do Sul. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita local passou de um dos menores para o maior da região — e já chegou ao ponto de superar o da China, uma das grandes potências do planeta.
De acordo com o Fundo Monetário Internacional, o PIB per capita da Guiana em 2024 fechará em US$ 29,3 mil. É praticamente o dobro dos US$ 14,8 mil China. A riqueza por habitante guianense atual também corresponde a mais de duas vezes a média global (US$ 13,8 mil).
População mais rica da América do Sul
Com uma média de US$ 23 mil por habitante, o Uruguai é o país que mais se aproxima da atual riqueza da população guianense na América do sul. A faixa brasileira, por sua vez, é de US$ 10,2 mil — ou seja, quase três vezes menor.
O quadro é completamente diferente da situação de 2015, ano da descoberta das reservas de petróleo na Guiana. Naquele ano, o PIB per capita local era de US$ 5,5 mil. Além de ser cinco vezes menor do que o atual, o valor perdia para o de quase todos os outros países da região.
Petróleo na Guiana
A Energy Information Administration (EIA), principal agência do governo dos Estados Unidos para energia, estima que as reservas guianas sejam de 11 bilhões de barris de petróleo.
Segundo a EIA, a extração deve chegar a 865 mil barris por dia em 2025. Essa média equivale a 1 barril por habitante diariamente — e, mesmo nesse ritmo, levaria 35 anos para a fonte secar.
Toda essa riqueza despertou a cobiça de Nicolás Maduro, ditador da Venezuela. O político ameaça anexar a região do Essequibo ao seu país — uma área que, além de ser rica em petróleo, também tem jazidas de ouro e diamante e corresponde a 75% do território da Guiana.