O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, confirmou nesta segunda-feira, 4, o advogado Luis Petri como o futuro ministro da Defesa. Ele foi candidato a vice-presidente pela chapa Juntos pela Mudança — encabeçada por Patricia Bullrich, que também estará no novo governo como ministra da Segurança.
Petri e Bullrich ficaram em terceiro lugar na disputa presidencial, com cerca de 24% dos votos. Ambos apoiaram Milei no segundo turno, que aconteceu em 19 de novembro.
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Em comunicado publicado nesta segunda-feira, o gabinete do presidente eleito disse que a chapa de Bullrich foi integrada ao novo governo. “Dessa maneira, a fórmula completa do Juntos pela Mudança foi integrada no governo A Liberdade Avança.”
De acordo com o site infobae, Petri é uma indicação do ex-presidente Mauricio Macri, líder do grupo político de Bullrich. A presença de ambos no governo representa uma perda de influência da vice-presidente eleita, Victoria Villaruel. Durante a campanha eleitoral, Milei havia afirmado que as indicações para os ministérios da Defesa e Segurança ficariam a cargo de Victoria.
Quem é Luis Petri, o futuro ministro de Defesa da Argentina
Luis Alfonso Petri tem 46 anos e nasceu em San Martin, na Província de Mendoza. Em 2000, formou-se como advogado pela Universidade Nacional do Litoral. Aos 22 anos, foi vice-presidente da Juventude Radical, ala jovem do partido em que é filiado, União Cívica Radical.
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Em 2006, Petri foi eleito deputado provincial e ficou no cargo até 2013, ano em que disputou e foi eleito nas eleições legislativas para o cargo de deputado nacional pela Província de Mendoza — função equivalente a de um deputado federal no Brasil.
Neste ano, Petri disputou as primárias a governador de Mendoza e, em seguida, foi indicado candidato a vice-presidente pela chapa sob comando de Patricia Bullrich.
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Lá como aqui existe esse fisiologismo, perde-se de um lado nas propostas mais radicais de Milei para conseguir governabilidade. Só espero que isso não desfigure totalmente as ideias de Milei que levaram ele a ganhar essas eleições, pois de outro modo poderia ser visto como estelionato eleitoral. Bolsonaro caiu nesse erro ao ter que ceder muita coisa para o centrão e ver muito de suas ideias na campanha serem desfiguradas ou até mesmo extintas. Infelizmente o presidente não consegue governar sozinho, sempre terá que ceder. Ponto que eu acho que deveria ser mudado por lei ou na constituição, o executivo nada faz sem o legislativo, hoje dos 3 poderes é o mais fraco na balança, pois o poder judiciário usurpa o poder dos outros 2, freios e contrapesos não existe de fato nem de direito.