O presidente argentino Javier Milei relançou nesta quinta-feira, 20, o Pacto de Mayo, ao convidar figuras políticas, ex-presidentes, governadores, empresários e sindicalistas para assiná-lo em 9 de julho, em Tucumán. Em discurso na cidade de Rosário, Milei destacou a importância da união para alcançar uma Argentina próspera e livre.
Milei enfatizou que, para alcançar tal objetivo é essencial que todos que compartilham a causa da liberdade deixem de lado os interesses partidários e trabalhem juntos para estabelecer a nova ordem econômica de que o país necessita para voltar a ser uma potência mundial.
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O discurso encerrou o ato oficial do Dia da Bandeira. Ele aproveitou a ocasião para reafirmar a convocatória para a assinatura do Pacto de Mayo, inicialmente prevista para 25 de maio, mas adiada devido à demora na aprovação da Lei Bases e do pacto fiscal.
Diferentemente do primeiro convite, realizado na abertura das sessões ordinárias do Congresso, desta vez, Milei incluiu ex-presidentes argentinos, como Alberto Fernández, Mauricio Macri, Cristina Kirchner, Eduardo Duhalde e Adolfo Rodríguez Saá.
“Quero aproveitar este dia, com a bandeira argentina tremulando no céu, para convocar todas as autoridades políticas, governadores, dirigentes dos principais partidos políticos, ex-presidentes da nação, membros da Suprema Corte de Justiça, empresários, trabalhadores e toda a cidadania argentina a nos encontrarmos na noite de 9 de julho em Tucumán para finalmente assinar o Pacto de Mayo e começar a virar a página da nossa história.”
Notavelmente, Milei não incluiu a Igreja em sua ampla convocação, apesar das advertências da instituição sobre a situação social do país. O presidente estava acompanhado, em Rosario, por quase todo seu gabinete de ministros, exceto pelo titular da Fazenda, Luis “Toto” Caputo, e pela vice-presidente, Victoria Villarruel.
Ele exaltou a figura de Manuel Belgrano (1770-1820), iluminista e diplomata argentino, criador da bandeira do país, descrevendo-o como um “maximalista da liberdade” que acreditava que a liberdade era absoluta.
Afirmou que “a liberdade não pede permissão, impõe-se, não espera ordens de burocratas. A liberdade é um instinto inato do ser argentino e sempre encontra seu caminho. A liberdade é inevitável, mesmo que alguns resistam ou tentem contê-la”. Ele relembrou que Belgrano enfrentou a resistência política ao propor a adoção da bandeira como símbolo nacional e morreu sem receber o que lhe era devido pelo Estado.
Viagem de Milei à Europa
Depois de sua apresentação em Rosário, Milei retornou a Buenos Aires e à noite viajou para a Espanha, para iniciar nova turnê pela Europa que incluirá Alemanha e República Tcheca, com retorno previsto para a próxima terça-feira, 3.
Antes do discurso de Milei, o prefeito de Rosário, Pablo Javkin, e o governador de Santa Fé, Maximiliano Pullaro, falaram. Pullaro agradeceu o apoio na luta contra o narcotráfico e pediu mais federalismo: “Senhor presidente, olhe para este país, olhe para o interior produtivo”, afirmou o governador. “Precisamos de obras de infraestrutura para nos desenvolvermos e liberar nosso potencial.”
Pullaro acrescentou que é necessário que os jovens estejam nas universidades e que haja equilíbrio fiscal, desenvolvimento econômico e integração entre o sistema educacional e produtivo: “Precisamos de federalismo”. O governador também destacou o apoio do governo federal no combate ao narcotráfico, que transformou Rosário em uma das cidades mais atacadas por gangues criminosas.
Ele faz o contrario do otario do Brasil. E desse jeito que o pais vai progredir