O presidente da Argentina, Javier Milei, decidiu vetar a reforma previdenciária aprovada pelo Senado na última quinta-feira, 22. Composto de maioria de deputados de oposição, o Senado votou maciçamente pelo aumento das pensões, alinhando-as com a inflação galopante do país, o que ameaça o rigoroso equilíbrio fiscal defendido por Milei.
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Em uma declaração no Twitter/X, o gabinete de Milei afirmou que o “único objetivo (do projeto de lei) era destruir o programa econômico do governo”, pois demandaria um gasto adicional de 1,2% do PIB.
O presidente se comprometeu com os argentinos a manter o superávit fiscal para equilibrar as contas e tentar conter uma inflação que se intensificou no governo de seu antecessor, o peronista Alberto Fernández.
Desde dezembro do ano passado, Milei anunciou inúmeros cortes para reduzir os gastos do Estado, diminuir a crise e tentar fazer a inflação cair.
Maioria do Senado votou contra Milei
A senadora peronista Juliana Di Tullio, que votou a favor do aumento das pensões, destacou que “55,5% dos argentinos estão na pobreza, e 17,5% estão na pobreza extrema. Muitos deles são cidadãos idosos”.
Foram 61 votos a favor, oito contra e uma abstenção. Votaram contra sete senadores governistas, do Liberdade Avança, partido de Milei, e uma legisladora do Proposta Republicana, partido do ex-presidente Maurício Macri, que, em peso, aprovou o projeto, que já havia recebido luz verde da Câmara dos Deputados.
Na semana passada, o Congresso rejeitou um decreto presidencial que teria aumentado o orçamento de inteligência, argumentando que esses recursos seriam melhor utilizados em necessidades sociais urgentes.
A semana tem sido desafiadora para Milei no Congresso. Na última quarta-feira, 21, a Câmara dos Deputados rejeitou um decreto do governo que aumentava em 100 bilhões de pesos (aproximadamente US$ 105 milhões) o orçamento da Secretaria de Inteligência do Estado (Side).
Para Milei, a Side é um órgão crucial em sua estratégia de combate ao narcotráfico e à violência. O porta-voz Adorni criticou a decisão dos deputados, afirmando que eles “votaram contra os interesses das vítimas do narcotráfico, do terrorismo e do tráfico de pessoas”.
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