O alemão Franz Beckenbauer, um dos maiores jogadores da história do futebol, morreu aos 78 anos.
Em comunicado, a família não informou a causa da morte, ocorrida no domingo 7 e anunciada nesta segunda-feira, 8. Destacou que ele morreu em paz e enquanto dormia.
Leia mais: “Três sorvetes e uma taça”
Beckenbauer teve uma longa carreira no futebol como jogador e técnico, na qual se consagrou como campeão mundial em 1974, na condição de atleta, e em 1990, como treinador.
Ao jornal Bild, o ex-jogador Lothar Matthäus, capitão da Alemanha campeã mundial em 1990, lamentou a morte do seu ex-treinador.
“O choque é profundo, embora eu soubesse que Franz não estava se sentindo bem”, disse Matthäus. “A sua morte é uma perda para o futebol e para a Alemanha como um todo. Foi um dos maiores como jogador e treinador, mas também fora de campo.”
Por sua imagem de vencedor, falava-se, na Alemanha que, “quando Beckenbauer cai, ele cai para cima.” Matthäus destacou a personalidade do astro.
Leia mais: “Você sabia? Zagallo treinou a melhor seleção da história”
“Franz foi uma personalidade marcante não apenas no futebol, mas gozou de reconhecimento mundial. Todos que o conheceram sabem que Franz era uma pessoa grande e generosa. Um bom amigo nos deixou. Sentirei falta dele – todos sentiremos falta dele!”
Beckenbauer nasceu na Baviera. Ele iniciou nas categorias de base do Bayern de Munique em 1964. No clube bávaro, jogou a maior parte de sua carreira. Conquistou os títulos da Liga dos Campeões em três ocasiões, 1973-74, 1974-75 e 1975-76. Ganhou inúmeros troféus, incluindo dois Ballons d’Or.
Leia mais: “Zagallo estava muito à frente de seu tempo”, diz um dos heróis do tri
Beckenbauer foi um dos três que venceram uma Copa do Mundo como jogador e técnico. Os outros dois são Zagallo, que morreu na última sexta-feira 5 e o atual treinador da França, Didier Deschamps, campeão em 1998 como jogador e em 2018 como técnico.
Como jogador, ele disputou três Copas do Mundo (1966, 1970 e 1974) e participou de duas finais, em 1966 e 1974.
Nas semifinais de 1970, contra a Itália, protagonizou um momento histórico depois de ter o braço fraturado. Jogou, desde os 25 minutos do segundo tempo até o fim da prorrogação, com uma tipoia, numa atuação marcada pela superação.
Ídolo elegante
O ídolo alemão ficou conhecido por sua versatilidade e elegância. Jogava como volante ou zagueiro e, por seu estilo que mesclava técnica e inteligência tática, foi um dos mais eficientes precursores da função do líbero.
Leia mais: “Fãs e personalidades do esporte comparecem ao velório de Zagallo”
Já na fase final da carreira de jogador, atuou no Cosmos, de Nova York, em que teve como companheiros Pelé e Carlos Alberto Torres.
Em seguida, Beckenbauer retornou para seu país e encerrou a carreira no Hamburgo. Em seu primeiro emprego de treinador, Beckenbauer, sempre de terno e gravata no banco, comandou a seleção alemã campeã mundial em 1990, na Itália. Depois treinou o Olympique de Marseille e o Bayern. Também foi dirigente da federação alemã e da Fifa.