Joy Milne, uma enfermeira aposentada nascida na Escócia, identificou mudanças no cheiro do marido, Les, 12 anos antes de este ter sido diagnosticado com Parkinson.
“Ele tinha um cheiro desagradável, especialmente nos ombros e no pescoço”, contou Joy, à BBC. “O aspecto da pele dele também mudou.”
Ela descobriu que era capaz de detectar Parkinson pelo olfato depois de Les ter começado a participar de encontros com pessoas afetadas pela doença. Ao acompanhar o marido em uma dessas reuniões, reparou que todos os participantes tinham o mesmo cheiro desagradável.
Agora, pesquisadores da Universidade de Manchester, na Inglaterra, estão trabalhando com Joy para desenvolver um teste que, segundo os resultados prévios, tem eficácia de 95% na detecção de Parkinson.
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Os cientistas analisaram o sebo (substância oleosa da pele) das costas de 150 pessoas. Dessas, 79 tinham Parkinson e 71 eram saudáveis. A pesquisa encontrou mais de 4 mil compostos únicos nas amostras, dos quais 500 eram diferentes entre os dois grupos.
A professora Perdita Barran, líder do estudo, diz que esse teste pode ser “transformador” na detecção da doença. “No momento, desenvolvemos isso em um laboratório de pesquisa”, explicou. “Agora, estamos trabalhando para fazer nosso teste ser utilizado em todo o sistema de saúde britânico.”
Parkinson é a condição neurológica que mais cresce no mundo. Aproximadamente 145 mil pessoas no Reino Unido sofrem com a doença, incluindo mais de 12 mil escoceses. No Brasil, são 200 mil.
Interessante.Faz sentido.
Minha esposa tbém sente um cheiro diferente em mim, mas quando tomo umas geladas.