Universidade debita na conta do governo parte da responsabilidade pelo cenário econômico atual
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Foto: Divulgação/Frente de Todos e Diputados Argentina
A Universidade Católica Argentina (UCA) informou que a pobreza no país cresceu no terceiro trimestre deste ano ao atingir 44,2% da população, ante 40,8% no mesmo período de 2019. Os dados foram divulgados na quinta-feira 17. Conforme a instituição acadêmica, o índice negativo se deu por causa das medidas de isolamento adotadas pelos peronistas Alberto Fernández e Cristina Kirchner. Em março, o governo federal estabeleceu o lockdown, que durou até novembro. “Muito do aumento da pobreza é explicado como consequência da pandemia e das medidas que o governo usou para contê-la”, observou no estudo Juan Ignacio Bonfiglio, pesquisador do Observatório Social da UCA, responsável por conduzir a pesquisa. “A situação também teve impacto no mercado de trabalho, em particular nas ocupações menos estruturadas e no setor informal da economia”, acrescentou ele.
Conforme noticiou Oeste, várias empresas deixaram a Argentina em razão das políticas peronistas, que incluem tentativa de estatização de uma companhia. Além disso, a população de cidades em determinadas províncias passa dificuldades extremas. Oeste mostrou o drama dos moradores de Puerto Iguazú, em Mendoza, que comeram carne estragada. Este ano, o país perderá 12,9% do Produto Interno Bruno, mais que qualquer economia do G20, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico. A Argentina já vinha sofrendo com dois anos de recessão, dívida externa em moratória e inflação disparada. A crise começa nas gestões Kirchner, acusadas de maquiar dados e esconder o rombo nas contas públicas, e se agrava durante o mandato do ex-presidente Maurício Macri (2015-2019). O Banco Central da Argentina projeta recuperação tímida de 4,8% em 2021.
Leia também: “O populismo pobre da Argentina”, reportagem publicada na edição n° 30 da Revista Oeste