O apoio à proibição da compra de petróleo russo está crescendo na União Europeia (UE), informou, nesta segunda-feira, 21, The Wall Street Journal. No entanto, um possível acordo sobre o tema está longe de ser firmado. Inicialmente, a possibilidade de restringir o petróleo e o gás natural russos, que atendem às necessidades energéticas do continente, estava descartada. Contudo, as potências europeias passaram a considerar novas sanções depois de a Rússia intensificar seus ataques contra a Ucrânia.
Vários integrantes da UE, incluindo a Alemanha, continuam relutantes em apoiar a proibição. Um grupo menor de Estados, incluindo a Polônia e os países bálticos, pressionam pelo aumento de sanções a Moscou.
Uma nova rodada de retaliações impactaria a economia da Rússia. Isso porque o setor energético contribui com 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e representa cerca de 40% de sua receita orçamentária. Em 2021, os produtos petrolíferos representaram 37% da receita de exportação russa.
Impasse no Velho Continente
Cerca de 50% das exportações de petróleo bruto russo são destinadas à Europa. No ano passado, por exemplo, a UE e o Reino Unido desembolsaram R$ 500 milhões para adquirir o insumo. Moscou representa quase 30% das importações totais de petróleo bruto do bloco.
Segundo The Wall Street Journal, a sanção poderia tirar cerca de 3 milhões de barris por dia de um mercado de 100 milhões de barris diários.
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