No começo da semana, a Nasa divulgou novas fotografias capturadas pelo telescópio espacial James Webb. O equipamento registrou corpos celestes em alta resolução. A primeira imagem divulgada foi a da galáxia SMACS 0723, há mais de 1,5 bilhão de anos-luz da Terra.
“Trata-se de uma pequena porção do universo”, observou Bill Nelson, administrador da Nasa, ao exibir o registro inédito ao presidente dos EUA, Joe Biden, e vice-presidente Kamala Harris. “São galáxias que brilham ao redor de outras.”
Entre outras descobertas, Nelson destacou que o James Webb conseguiu fotografar corpos celestes de 13 bilhões de anos atrás, período em que teria acontecido o Big Bang.
As primeiras fotos divulgadas são das nebulosas (corpos de nuvens interestelares) Carina e Anel Sul; o espectro do planeta Wasp-96 b; e as galáxias Quinteto de Stephan e Smacs 0723.
- Nebulosa Carina: Localizada a pouco mais de 7,6 mil anos-luz, na constelação sul de Carina, essa uma das maiores e mais brilhantes nebulosas do céu. Carina é o lar de diversas estrelas, incluindo algumas maiores que o Sol;
- Nebulosa do Anel Sul: Trata-se de uma nebulosa planetária. Possui quase meio ano-luz de diâmetro e se encontra a mais de 2 mil anos-luz da Terra;
- WASP-96 b: Grande planeta que não está dentro do nosso sistema solar. Está localizado a 1,15 mil anos-luz da Terra. Foi descoberto em 2014;
- Quinteto de Stephan: Se encontra a quase 300 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Pégaso. Em 1877, esse foi o primeiro grupo de galáxias descoberto;
- Smacs 0723: Trata-se de diversos aglomerados de galáxias que ampliam e distorcem a luz.
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Telescópio
O telescópio espacial James Webb localiza-se a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, sendo fruto de uma parceria entre a Nasa e a Agência Espacial Europeia. As imagens obtidas permitem que os cientistas observem a formação das primeiras galáxias e estrelas do universo, além de possibilitar o estudo da evolução das galáxias e o processo de formação dos planetas.
A agência dos EUA sustenta que o telescópio cria um “novo olhar para universos distantes”, em outras estrelas, e que investigue a estrutura do universo. Assim, os seres humanos podem compreender melhor o planeta Terra.
O nome do telescópio é em homenagem a James Edwin Webb (1906-1992), antigo administrador da Nasa. Webb liderou a missão Apollo, responsável por colocar os primeiros homens na Lua.
Seria possível, num futuro ainda indeterminado, que a teoria da relatividade de Einstein venha a ser suplantada e que possamos viajar em velocidade superior a da luz? Tem muita beleza no espaço longínquo e é frustrante sentirmos que nunca poderemos estar lá.