A residência do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Cesareia, foi alvo de um ataque com drones lançados pelo grupo Hezbollah, a partir do Líbano, na manhã deste sábado, 19.
Além dos ataques com drones, conta o The Times of Israel, o Hezbollah também disparou foguetes contra cidades no norte de Israel, como Haifa, durante a noite de sexta-feira e na manhã de sábado.
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Segundo informações, um dos drones explodiu nas proximidades da casa, mas nem Netanyahu nem sua esposa estavam presentes no momento, e ninguém ficou ferido. O gabinete do primeiro-ministro confirmou o incidente. Ressaltou que “não houve vítimas”.
Netanyahu, em uma declaração, afirmou que o ataque foi “um erro grave cometido por agentes iranianos”.
Ele garantiu que isso não o impediria de continuar a luta: “Quem tenta prejudicar o povo de Israel pagará um preço alto. Continuaremos a guerra com determinação.”
Ainda que a residência tenha sido atingida, não está claro se houve danos significativos ao imóvel.
O sistema de alerta de Israel, que normalmente dispara sirenes em casos de ataques aéreos, não foi ativado antes do impacto em Cesareia. Isto levantou questionamentos sobre falhas de segurança.
Sirenes soaram, porém, em Glilot, ao norte de Tel-Aviv, onde estão localizadas importantes instalações de inteligência. As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram que dois outros drones lançados durante o ataque foram interceptados e abatidos.
Moradores da região descreveram momentos de tensão. “Ouvimos um helicóptero sobrevoando, e logo depois uma explosão muito forte”, disse um residente local ao canal de notícias 12.
“Ficamos sem saber se era uma interceptação ou um impacto direto. Foi um susto grande, mas felizmente ninguém saiu ferido.”
Netanyahu no estilo polo e óculos escuros
Netanyahu, horas depois o incidente, publicou vídeos nas redes sociais, tanto em hebraico quanto em inglês. Reafirmou que “nada o deterá” e que “Israel vencerá esta guerra”.
De camisa polo, óculos escuros e aspecto descontraído, ele destacou o recente assassinato de Yahya Sinwar, líder do Hamas, como prova de que o exército israelense continuará avançando contra seus inimigos.
“Estamos em uma guerra existencial, e iremos até o fim”, declarou o primeiro-ministro, enquanto caminhava por um parque.
Sobre os ataques a cidades no norte, feitos pelo Hezbollah, o porta-voz das FDI, Dan Hagari, ressaltou que, novamente, por meio de drones e uma série de foguetes, o grupo terrorista visava a civis.
“Uma barragem de cerca de 20 foguetes atingiu a área de Safed”, informou o porta-voz.
Embora alguns foguetes tenham sido interceptados, outros atingiram áreas abertas, sem relatos de feridos.
Em resposta aos ataques, as forças israelenses intensificaram sua ofensiva no sul do Líbano.
“Encontramos e destruímos grandes estoques de armas do Hezbollah, incluindo lançadores de mísseis prontos para serem usados contra comunidades no norte de Israel”, afirmou um oficial do exército.
Ataques aéreos também eliminaram importantes líderes do grupo. As FDI relataram que “ao menos 1.500 combatentes do Hezbollah foram mortos” desde o início do conflito.
Netanyahu reforçou que as operações militares vão continuar: “Estamos eliminando toda a estrutura de comando do Hezbollah. Eles encolhem a cada dia, e nós continuamos firmes.”