Uma nova imagem em ondas de rádio da Via Láctea retrata a localização de remanescentes de supernovas — restos mortais de uma estrela destruída pela explosão de uma supernova. A descoberta é de astrônomos da Universidade Macquarie, na Austrália, e do Instituto Nacional de Astrofísica da Itália (Inaf). Os resultados da pesquisa foram publicados na terça-feira 17.
De acordo com o estudo, produzido pelos programas de pesquisa EMU e Pegasus, a foto revela “finos tentáculos” e “aglomerados de nuvens” limitados por um gás hidrogênio que preenche o espaço entre as estrelas. É possível observar também os locais onde as novas estrelas se formam, como as remanescentes de supernovas.
Segundo o professor Andrew Hopkins, cientista principal do Projeto EMU, da Universidade Macquarie, “mais de vinte possíveis remanescentes de supernovas foram descobertas por meio da combinação dessas imagens, em que apenas sete eram conhecidas anteriormente”. As fotos foram produzidas pelos radiotelescópios Askap e Parkes.
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Conforme Ettore Carretti, líder do projeto Pegasus, do Inaf, o programa “capturou uma grande região do plano galáctico da nossa galáxia, que está cheia de remanescentes de supernovas, de regiões de hidrogênio ionizante e de nebulosas planetárias que, graças à combinação de dados dos telescópios Askap e Parkes, podem ser estudadas com altíssima precisão e precisão”.
Com a qualidade surpreendente da nova imagem, o professor Hopkins acredita que os astrônomos vão poder consolidar sua compreensão da galáxia, e muito mais, com observações futuras.
Os pesquisadores afirmam que não possuem “telescópios sensíveis o suficiente para detectar esses remanescentes”, visto que “precisam detectar cinco vezes mais remanescentes do que os atualmente documentados para corresponder às previsões”.
E dá-lhe computação gráfica.