Com o leilão de quase R$ 50 bilhões realizado pelo governo federal na sexta-feira 5, arrematado por 15 empresas, dentre elas Vivo, Tim e Claro, a tecnologia 5G tem previsão de começar a ser implantada no Brasil em 2022, e as expectativas de uso do serviço são altas pelos consumidores. Possuir velocidade até 100 vezes mais rápida e múltipla conexão de aparelhos ao mesmo tempo numa única rede, com a mesma qualidade nos dispositivos, estão entre os atrativos.
Contudo, o 5G ainda parece distante dos brasileiros na prática, principalmente pelas dimensões continentais do país, diferenças regionais e econômicas. O governo estima que 100% das cidades brasileiras terão acesso ao serviço somente em 2029 — segundo o edital, a previsão é que até julho de 2022 todas as capitais sejam contempladas com a tecnologia 5G.
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Uso do 5G pelo mundo
De acordo com um estudo da GSMA, organização que reúne os interesses das operadoras de rede móvel em todo o mundo, um bilhão de pessoas, ou 15% da população mundial, vive em áreas com cobertura 5G. Na Europa, em grande parte das cidades o serviço de internet rápida funciona desde 2019. Milão, Madrid e Londres, por exemplo, têm 5G disponibilizado para clientes, empresas e órgãos públicos, possibilitando a transformação gradual desses locais em smart cities — cidades com planejamento urbano eficiente, baseados na sustentabilidade ambiental e serviços interligados.
Segundo o site Opensignal, a Arábia Saudita lidera a lista de países com maior velocidade da internet 5G, seguida por Coreia do Sul, Austrália,Taiwan, Canadá, Kuwait, Suíça, Hong Kong, Reino Unido e Alemanha. Os Estados Unidos possuem três cidades entre as que mais se destacam globalmente em relação ao 5G — Nova Iorque, Las Vegas e Miami.
Por ainda ser recente, a tecnologia não atingiu seu potencial máximo, com velocidade atual aproximadamente oito vezes maior que o 4G, mas algumas melhorias já podem ser vistas pela população na prática.
Confira algumas utilidades da tecnologia 5G:
• Velocidades de download até dez vezes mais rápidas (média de 61,5 Mbps)
• Rede até oito vezes superior ao 4G
• Serviço de tele-saúde, acessível em celulares e outros dispositivos, em larga escala
• Sistemas rodoviários inteligentes, capazes de reduzir o congestionamento de tráfego em até 10%
• Iluminação e recolhimento de lixo inteligente
• linha de produção automatizadas em indústrias
• Carros autônomos (ainda em fase de testes)
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