Uma equipe de pesquisadores descobriu um novo fóssil de dinossauro junto a outro material, escavado há 25 anos na região central do Rio Grande do Sul.
Os arqueólogos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) encontraram um indivíduo chamado de Unaysaurus tolentinoi, também conhecido como “lagarto-de-água-negra”.
Quando analisou os fósseis antigos, o paleontólogo Rodrigo Temp Müller, do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (CAPPA), encontrou ossos muito pequenos, que não pertenceriam àquele dinossauro. O estudo foi publicado na revista científica The Anatomical Record, em 6 de julho.
Como o fóssil pode ajudar a compreender o jovem dinossauro
Dentre os fragmentos, havia elementos que pertenciam a um pé e também algumas vértebras de outro dinossauro misturados aos fósseis do Unaysaurus tolentinoi original, identificado como um animal mais jovem.
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Ao estudar o primeiro fóssil, os especialistas acreditam que o dinossauro era herbívoro e andava sobre duas patas, além de medir por volta de 3 metros de comprimento. O indivíduo juvenil teria cerca de 1,5 metro de comprimento.
De acordo com os pesquisadores, esse animal viveu logo depois da origem dos dinossauros. Assim, a descoberta ajuda os cientistas a compreenderem como os dinossauros eram em poucos milhões de anos depois de seu surgimento.
Em 1998, um morador da localidade de Água Negra, entre São Martinho da Serra e Santa Maria, avisou os paleontólogos da UFSM sobre um possível material fóssil no local.
Anos depois de escavação e da pesquisa, o dinossauro foi batizado de Unaysaurus tolentinoi, que significa “lagarto-de-água-negra do Tolentino”.