O Knesset aprovou a coalização entre Netanyahu, que continua como primeiro-ministro, e Benny Gantz, líder do Movimento Azul e Branco
Na manhã desta quinta-feira o Knesset, o Parlamento de Israel, aprovou em segundo turno as leis necessárias para a formação de um novo governo no país. Vai ser a primeira vez desde dezembro de 2018 que Israel terá um governo plenamente funcional.
A aprovação contou com o apoio do bloco de centro-direita liderado pelo Likud, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, com os parlamentares do Movimento Azul e Branco, que agora fazem parte da coalizão governista, e não encontrou resistência do principal partido de oposição, o Trabalhista.
A aprovação das leis foi necessária em razão do acordo feito entre Netanyahu e o líder do Movimento Azul e Branco, Benny Gantz, que prevê que o atual primeiro-ministro fique no poder até o final de 2021 e depois seja substituído no cargo pelo seu aliado, como informa o The Jerusalem Post.
O acordo já havia sido aprovado em primeira votação, como exige as leis do país, na semana passado. O prazo máximo para a formação do governo seria até sábado, 9.
A cerimônia de posse deve acontecer na próxima quarta-feira.
Aprovação da Suprema Corte
Mais cedo, em uma decisão unanime, a Suprema Corte de Israel rejeitou uma ação que poderia impedir Netanyahu de continuar como primeiro-ministro e, na prática, destruir a possibilidade da formação de um novo governo.
A ação foi apoiada por políticos da oposição e por entidades da sociedade civil, como o Movimento pela Qualidade do Governo, que lamentou muito a decisão da corte.
Embora os juízes tenham afirmado que as acusações contra Netanyahu — ele foi indiciado por fraude, corrupção e abuso de poder — são muito graves, eles concluíram que isso não é impedimento para que ele faça parte do governo.
De acordo com o entendimento dos magistrados, Netanyahu só poderia ser impedido caso já tivesse sido condenado, o que não é o caso.