Nas primeiras semanas da invasão da Ucrânia pela Rússia, os Estados Unidos e seus aliados europeus impuseram uma série de sanções econômicas ao Kremlin. Em resposta, o Serviço Federal de Estatísticas de Moscou e outras agências governamentais interromperam a publicação de muitas estatísticas econômicas. Relatórios sobre importações e exportações, dívidas, produção mensal de petróleo, resultado financeiro de bancos, companhias aéreas e volumes de passageiros em aeroportos simplesmente desapareceram.
“Todavia, enquanto a guerra se arrastava, algo estranho aconteceu”, escreveu Josh Zumbrun, em artigo publicado no The Wall Street Journal. “A cobertura da mídia observou que a economia da Rússia estava se saindo muito melhor que o esperado. As principais evidências incluem o Produto Interno Bruto [PIB] caindo apenas 4% no segundo semestre, em relação ao ano anterior, e sua taxa de desemprego atingindo uma baixa recorde de 3,9%.”
A fonte dos dados: Rosstat, a agência que bloqueou o acesso a informações econômicas da Rússia para impedir Washington e Bruxelas de mostrar como as sanções estavam funcionando.
Na Rússia, essas práticas ocorrem há décadas. Os dados econômicos da União Soviética, por exemplo, eram altamente suspeitos. Mikhail Gorbachev, seu último líder, revelou em 1989 que a URSS havia ocultado descontroladamente a extensão de seus gastos militares: na verdade, eram quatro vezes maiores que o oficialmente relatado. Muitos dos principais planejadores econômicos soviéticos não conheciam a situação real.
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A confiabilidade dos dados melhorou à medida que a Rússia mudou para uma economia de mercado e começou a se integrar ao Ocidente. Algumas instituições econômicas do país, como o Banco Central, tornaram-se independentes — mesmo quando o presidente Vladimir Putin aumentou seu controle sobre o Estado.
A Rosstat, no entanto, enfrentou dúvidas sobre sua independência e sua integridade. Isso porque o ex-agente da KGB pôs a agência de estatísticas sob a alçada do Ministério da Economia.
A Rússia tem um sistema bem conhecido de “desemprego oculto”. As leis trabalhistas geralmente dificultam a demissão de funcionários, mas, durante as crises, as empresas podem deixar os trabalhadores em “férias” obrigatórias não remuneradas, que preservam seu status de empregados (embora não estejam trabalhando nem recebendo renda).
O fundador da Escola de CEOs da Universidade Yale (CELI), nos Estados Unidos, argumentou que, contrariamente aos dados divulgados pelo governo russo, o êxodo de empresas ocidentais e as sanções impostas ao Kremlin estão devastando a economia da Rússia. Ele contabiliza mil empresas, com receita superior a 40% do PIB, que deixaram de operar no país.
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Algumas dessas empresas reabriram sob proprietários russos. As antigas lojas do McDonald’s, por exemplo, passaram a ser chamadas de “Vkusno & Tochka”. Elas vendam hambúrgueres e nuggets de frango similares aos da companhia norte-americana. O impacto no PIB não deve ser de 40%, mas certamente é superior a 4%.
A CELI estima que 500 dessas empresas pararam completamente de operar, com até 12% da força de trabalho da Rússia sendo demitida de seus empregos. Alguns dos trabalhadores deslocados provavelmente encontraram novos empregos, muitos em programas de trabalho no estilo soviético.
Um setor econômico que claramente teve um desempenho superior ao esperado pelo Ocidente é o de energia, afirma Zumbrun. As exportações de petróleo caíram muito menos que o esperado, enquanto os preços crescentes do petróleo trouxeram um jorro de receita.
Zumbrun observa que, mesmo nesse setor, o rendimento é superestimado. Mas é difícil saber os números reais, visto que o Ministério da Energia da Rússia suspendeu a publicação de dados detalhados de produção e exportação.
Lula tem acenado com várias propostas de cunho esquerdista radical em 2022, tais como revisão de privatizações, descontrole de gastos públicos, aumento de impostos volta da CPMF, libertação de bandidos, apoio financeiro a Cuba e Venezuela, perseguição a membros da Operação Lava Jato e partidos de oposição (direita), banimento de jornais e emissoras de oposição e maior abertura da economia brasileira ao capital chinês, inclusive à colaboração militar.
Em termos geopolíticos, Lula presidente afasta o Brasil dos EUA e nos aproxima da China e da Rússia, que têm interesse em colocar mais bases militares na América do Sul, Atlântico Sul e Pacífico.
Lula não pode ser eleito e, caso seja eleito, deve-se providenciar alguma maneira de impedi-lo de assumir.
E ele está certo, deve haver algum tipo de contrapeso às bases militares dos EUA! Em segundo lugar, os EUA estão extraindo recursos até de seus satélites. Vale a pena olhar para os países da Europa. Assim se tornou a Ucrânia. Tornou-se um armazém de milho e grãos para os países ricos, embora ainda fosse recentemente uma potência industrial com um PIB quase inferior ao das potências europeias.