O relógio mais famoso do mundo saiu oficialmente do silêncio neste domingo 13 para marcar mais uma vez o ritmo dos dias em Londres, capital do Reino Unido. Após cinco anos de restauração, o Big Ben retomou sua atividade normal, após uma limpeza completa das mais de mil peças que compõem seu mecanismo.
Foi em agosto de 2017 que a torre do relógio sinalizou o horário pela última vez. Naquele episódio, uma multidão se reuniu em frente ao Parlamento britânico para ouvir os últimos repiques do sino de ferro fundido de 13,7 toneladas.
O Big Ben vai voltar a reunir os visitantes por volta das 11 horas GMT (8 horas de Brasília). Assim como antes, o relógio tocará a cada quarto de hora, enquanto o sino principal a cada uma hora do dia.
Nos últimos cinco anos, o Big Ben tocou poucas vezes. O último repique ocorreu para marcar o funeral da rainha Elizabeth II, que faleceu em setembro. No entanto, o som original foi substituído por foi um mecanismo elétrico que produz o mesmo som do relógio britânico.
“O som de Londres está de volta”, afirma Ian Westworth, 60 anos, um dos responsáveis por finalizar os testes que vão garantir o bom funcionamento do relógio depois de uma reforma de £ 80 milhões (cerca de R$ 506 milhões). “Esses sinos tocaram atravessando as guerras.”
História
Apesar de ter sido construído em 1858, o sino da torre do Big Ben soou pela primeira vez em 11 de julho de 1859. A origem do nome do sino remonta ao ministro de Obras Públicas da Inglaterra do início do século 19, Benjamin Hall, que coordenou a construção do relógio.
Símbolo distintivo de Londres, o Big Ben traz uma inscrição em latim em que se traduz “Senhor, mantenha a salvo nossa Rainha Victoria Primeira”. A torre tem uma altura de 96 metros, e cada uma das quatro esferas do relógio, compostas de 312 peças individuais de cristal, tem um diâmetro de 7 metros.