Em artigo publicado na Edição 71 da Revista Oeste, Brendan O’Neill explica como a autora J. K. Rowling está sendo perseguida em seu próprio país apenas por acreditar que existem diferenças biológicas entre homens e mulheres.
Leia um trecho
“Como é possível que a autora mais vendida no Reino Unido, uma mulher considerada responsável por encorajar uma geração inteira de crianças a ler mais livros, seja submetida a uma violência tão baixa e a ameaças de assassinato e, mesmo assim, o primeiro-ministro não dizer nada? E a cena literária seguir comentando como o Hay Festival do mês passado foi divertido, fingindo não notar os milhares de pessoas xingando um de seus membros de bruxa velha e nojenta, que deveria ser forçada a fazer sexo oral em estranhos ou, ainda melhor, assassinada com uma bomba caseira? É porque a nossa é uma era de covardia moral. De corações frágeis e fracotes. Uma era em que muitos fizeram o cálculo mais covarde — ‘se eu não falar nada, talvez não sobre para mim’.
O crime verbal de Rowling, claro, é acreditar que o sexo biológico é real. Ela acha que existem diferenças biológicas entre homens e mulheres. E que, se você nasce homem, você é homem, e não deve adentrar espaços criados apenas para mulheres: vestiários, presídios femininos, abrigos para as vítimas de violência doméstica. Cinco anos atrás essas eram opiniões totalmente normais para ter e expressar. Mas, se você as mencionar hoje, será perseguido, demonizado, terá sua plataforma revogada, poderá ser demitido, receberá mensagens de ‘chupe meu pau’ e talvez até seja provocado com a possibilidade de uma bomba caseira ser enviada para sua casa, como aconteceu com a autora nesta semana.”
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Revista Oeste
A Edição 71 da Revista Oeste vai além do artigo de Brendan O’Neill sobre a perseguição sofrida pela escritora J. K. Rowling. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de Augusto Nunes, J. R. Guzzo, Ana Paula Henkel, Guilherme Fiuza, Rodrigo Constantino, Cristyan Costa, Afonso Marangoni, Dagomir Marquezi, Evaristo de Miranda e Gabriel de Arruda Castro.
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O fato é que nada disso irá provocar a mudança dos fatos. Uma coisa é você cancelar pessoas com ideias e condutas ostensivamente racistas, por exemplo, e outra, bem diferente, é tentar mudar fatos científicos que não tem como serem contestados. É algo semelhante a defender a planitude do planeta. Agora, não se pode exigir que toda a população inglesa seja culta. Seria pedir demais.