O observador internacional Gustavo Silva não descarta levar atas da eleição na Venezuela a Celso Amorim, assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais.
Isso porque o governo brasileiro não reconheceu a vitória do ditador Nicolás Maduro, tampouco a da oposição, que conta com amplo apoio internacional. “Vamos mostrar a quem quiser ver”, disse Silva à coluna, nesta terça-feira, 26, ao ser interpelado pela reportagem se levaria os papéis a Amorim.
Silva desembarcou ontem, em Brasília, para mostrar os papéis a membros do Itamaraty e a parlamentares a pedido da líder da oposição, María Corina Machado, depois de a senadora Tereza Cristina (PP-MS) formalizar um convite. Ele deixou seu país há um ano e, atualmente, vive nos Estados Unidos.
De acordo com as atas, que foram lidas e chanceladas pelo Centro Carter, o diplomata Edmundo González venceu o ditador Nicolás Maduro, com mais de 67% dos votos. O chavista conseguiu apenas 31%.
Centro Carter aprova atas apresentadas pela oposição da Venezuela
Em uma sessão do Conselho Permanente da OEA, convocada por quase uma dezena de países para discutir a situação da Venezuela, o Centro Carter reiterou que o processo eleitoral venezuelano careceu de transparência e afirmou que a recusa do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) em divulgar as atas infringe os padrões internacionais.
“O sistema eletrônico de votação funcionou”, disse Jennie Lincoln, especialista do Centro que liderou a missão de observação composta de 17 pessoas. “O governo da Venezuela, os partidos políticos de oposição e todos os testemunhas e observadore
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