Em artigo publicado na Edição 82 da Revista Oeste, Brendan O’Neill argumenta que os neomaoistas das universidades norte-americanas estão dispostos a destruir aqueles que consideram “problemáticos”, como se fossem a Guarda Vermelha da China nos anos 1960.
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“Imagine ter o infortúnio de passar não por uma, mas por duas revoluções culturais. Por duas vezes estar em meio a um espasmo autoritário em que jovens intolerantes com os olhos arregalados caçam pensadores ‘incorretos’ para envergonhar e punir. Essa foi a infeliz experiência de Bright Sheng. Ele viveu a Revolução Cultural original na China de Mao Tsé-tung quando era criança, e agora, adulto, entrou na mira dos neomaoistas, que estão tumultuando as universidades americanas. Esses intolerantes da discordância estão loucos para destruir aqueles que consideram ‘problemáticos’, como se fossem a Guarda Vermelha da China nos anos 1960.
Sheng é professor de música na Universidade de Michigan — pianista e compositor de sucesso. Suas obras foram executadas por todos os grandes grupos de música clássica, da Filarmônica de Nova Iorque à Orquestra Nacional Sinfônica da China. Mas essas conquistas estelares não oferecem proteção contra a turba woke. O crime de Sheng, aos olhos deles? Ele mostrou aos alunos o filme Otelo, de Shakespeare (de 1965), em que Laurence Olivier notória — e, agora, repreensivelmente — fez uso do blackface para interpretar o mouro. Humilhem-no! Coloquem uma placa pendurada em seu pescoço! Ele errou e precisa aprender a lição.”
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Revista Oeste
A Edição 82 da Revista Oeste vai além do artigo de Brendan O’Neill. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de Augusto Nunes, J.R. Guzzo, Rodrigo Constantino, Guilherme Fiuza, Silvio Navarro e Paula Leal, Branca Nunes, Edilson Salgueiro, Ubiratan Jorge Iorio, Dagomir Marquezi, Ana Paula Henkel e Cristyan Costa.
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