O pai de Almog Meir Jan, 21 anos, jovem resgatado da Faixa de Gaza, morreu horas antes de descobrir a libertação do filho, informou o Serviço de Emergência de Israel. Yossi Meir, 57 anos, foi encontrado inconsciente em sua casa, em Kfar Saba, por oficiais do Exército israelense que traziam a notícia do resgate.
Familiares acreditam que Yossi, que estava doente, pode ter morrido de tristeza. Dina, sua irmã, disse à emissora Kan Bet que ele sofreu uma parada cardíaca. “Ainda que todos estejam muito felizes com o retorno de seu sobrinho, o cérebro não consegue absorver que isso é o fim”, afirmou. Nos últimos tempos, Yossi perdeu 20 quilos e se isolou da família.
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A tragédia de Yossi Meir Jan
Yaffit, cunhada de Yossi, contou que ele passava o tempo “colado à televisão”, buscando informações sobre o filho. O rabino Lior Engelman, amigo próximo, afirmou que Yossi morreu “tragicamente” 20 horas antes de reencontrar Almog. “A tristeza por Almog o corroía todos os dias”, disse.
Pouco depois de se reunir com familiares e amigos, Almog foi informado sobre a morte do pai. Yossi Jan será enterrado ainda neste domingo, e a família pediu para que o público não compareça.
Do sequestro ao resgate em Gaza
Almog, morador de Or Yehuda, estava no festival Nova quando o Hamas atacou em 7 de outubro. Na invasão, 1,2 mil pessoas foram mortas e mais de 250 sequestradas. Almog ligou para a mãe, Orit, na manhã do ataque, relatando tiros e explosões e dizendo que a amava.
O jovem foi visto pela última vez em um vídeo do dia do atentado. Ao Times of Israel, o tio Aviram Meir disse que Almog apareceu nas imagens ao lado de outros jovens, todos “assustados”. Em 12 de outubro, o Exército confirmou que ele estava entre os cativos.
A operação de resgate
Um dia depois da guerra em Gaza completar oito meses, as Forças Armadas israelenses resgataram quatro reféns na região: Almog Meir Jan, 21, Noa Argamani, 26, Andrey Kozlov, 27, e Shlomi Ziv, 41. Todos estavam bem e foram levados ao hospital para exames adicionais.
O Exército israelense afirmou em publicação no Twitter/X que a operação especial contou com as Forças Armadas, a Agência de Segurança e a Polícia de Israel. Autoridades americanas forneceram informações de inteligência e apoio logístico, mas não participaram do planejamento ou execução.
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Tragédia sem fim. Será que as famílias vitimadas pelos terroristas conseguirão ter uma vida minimamente normal?