Comitê da Câmara dos EUA intima assessores da Casa Branca sobre saúde de Biden

O Comitê de Supervisão da Câmara dos Estados Unidos, liderado pelos republicanos, intimou três assessores seniores da Casa Branca na quarta-feira 10. A ação visa a obter depoimentos sobre a saúde do democrata Joe Biden, segundo comunicado do painel.

As intimações foram direcionadas ao principal assessor da primeira-dama, Jill Biden, a Anthony Bernal, à vice-chefe de gabinete, Annie Tomasini, e à assessora sênior, Ashley Williams.

As chances de reeleição de Biden foram questionada depois de um desempenho inconsistente do presidente norte-americano em um debate com Donald Trump no fim do mês passado.

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Desde então, alguns democratas do Congresso e importantes doadores pediram publicamente a Biden que retire sua candidatura para a eleição presidencial de 5 de novembro. O democrata, contudo, declarou que vai seguir na disputa.

“Funcionários-chave da Casa Branca precisam aparecer diante do nosso comitê para que possamos dar a transparência e a responsabilidade que os norte-americanos merecem”, disse o deputado republicano James Comer, presidente do painel.

“Segundo um ex-assessor de Biden, esses três funcionários — Annie Tomasini, Anthony Bernal e Ashley Williams — criaram uma ‘bolha protetora em torno’ do presidente Biden”, acrescentou Comer.

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O porta-voz da Casa Branca, Ian Sams, criticou as intimações. “Como tudo que o deputado Comer fez ao longo do último ano, essas intimações são uma manobra política sem fundamento com a intenção de receber atenção da imprensa em vez de realizar supervisão legítima”, escreveu.

“Seus ataques partidários contra o presidente foram desacreditados, e agora ele continua rebaixando a Câmara ao usar intimações como arma para ganhar manchetes em vez de buscar informações pelo processo constitucional adequado”, acrescentou o porta-voz.

Biden argumenta que está bem para derrotar Trump

Muitos parlamentares do próprio partido de Biden têm expressado preocupação com o fato de que ele não fez o suficiente nos dias posteriores para convencer os eleitores de que o debate foi uma anomalia, e não um reflexo verdadeiro das suas habilidades.

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Biden, no entanto, tem argumentado que está mais bem posicionado para derrotar Trump.

O painel republicano solicitou que os assessores respondam até 17 de julho e que participem de entrevistas a portas fechadas mais adiante este mês.