Antiga colônia da Grã-Bretanha, a Guiana é atualmente o país que mais cresce no mundo de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). No ano passado, sua economia se expandiu em 62%. Neste ano, projeta-se que o porcentual seja de mais 37%.
A causa da prosperidade se encontra na descoberta, em 2015, de grandes reservas de petróleo e gás no país, por parte da Exxon, gigante norte-americano.
Com o achado de aproximadamente 11 bilhões de barris, a Guiana entrou para o ranking de 20 países com maior potencial para petróleo, ao lado do Brasil, da Argélia e da Noruega.
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A produção, que começou em 2019, está em cerca de 400 mil barris por dia. Até o fim da década, a expectativa é quadruplicar esse número, alcançando a marca de 1,2 milhão de barris/dia.
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Planos para a Guiana
Em entrevista à BBC (British Broadcasting Corporation), o presidente do país, Irfaan Ali, falou sobre seus planos, expectativas e ações.
De acordo com Ali, com a receita originada a partir da comercialização do petróleo e do gás, o governo está investindo em áreas-chave e buscando uma diversificação econômica.
O presidente quer fugir da chamada maldição do recurso, em que um país acaba se apoiando em apenas uma commodity.
Por isso, segundo Ali, o dinheiro está sendo usado para desenvolver um bom sistema educacional, um bom sistema de saúde e um ambiente que garanta a melhora efetiva das condições de vida da população da Guiana.
Além disso, está servindo para aprimorar e ampliar a infraestrutura do país, vista como fundamental para seu progresso e prosperidade.
Na entrevista, Ali declarou que o setor da construção é o que mais progrediu em decorrência da exploração do petróleo.
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Disputa territorial com a Venezuela
A Guiana tem uma antiga disputa territorial em aberto com a Venezuela. A tensão entre os líderes dos países se acirrou com a descoberta das reservas petrolíferas.
Nicolás Maduro, presidente do vizinho sul-americano, reivindica dois terços da Guiana, dentro dos quais se encontra a reserva, que pertenceriam à Venezuela. Maduro já comunicou que tomará a região.
O conflito tramita na Corte Internacional, no Tribunal Internacional de Justiça. As duas sentenças proferidas até hoje foram a favor da Guiana.
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Tomara que na Guiana não tenha um STF para usurpar atribuições do Executivo e do Judiciário.