A pandemia da covid-19 e as dificuldades para a produção e compra de vacinas no continente sul-americano foram o mote da reunião de presidentes do Foro para o Progresso da América do Sul (Prosul), formado por Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai e Peru. Entre as recomendações, uma delas é solicitar aos ministérios da Saúde que trabalhem conjuntamente no fortalecimento da capacidade regional de produção de vacinas, para garantir a imunização dos povos da região.
Os líderes do Prosul — fórum regional de diálogo criado em 2019 para se contrapor à União de Nações Sul-Americanas (Unasul), paralisada por divergências em relação à Venezuela de Nicolás Maduro — demonstraram preocupação com as restrições impostas pelos países fornecedores às exportações dos imunizantes e seus insumos. Comprometeram-se a se esforçar, “em todas as instâncias pertinentes”, para aumentar a destinação de recursos para a pesquisa e o desenvolvimento de vacinas e promover o acesso e a transparência na aquisição dos produtos. Aproximar os laboratórios produtores de vacinas da região também faz parte do leque de sugestões presentes na declaração final sobre a reunião. Outra recomendação é para que os governos de países com fábricas de imunizantes intensifiquem o diálogo com nações provedoras de insumos, como a China e a Índia.
Segundo a declaração, os países da região devem enfrentar juntos esse desafio, em termos de gestão pública e mobilização de recursos, para que seja dada uma resposta sanitária não apenas para salvar vidas. As economias sul-americanas, atingidas pelos efeitos “devastadores” causados pela pandemia, também precisam se recuperar. Para os participantes, a América do Sul precisa aproveitar a crise como uma oportunidade e avançar em sociedades “mais sustentáveis, resilientes e pacíficas”, com programas de imunização transparentes e efetivos para conter a pandemia e proteger os sistemas de saúde, salvar vidas e impulsionar a recuperação socioeconômica.
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Com informações de O Globo
Será ótimo, a união faz a força.