O paleontólogo Robert DePalma encontrou a perna fóssil de um tescelossauro morto há 66 milhões de anos, quando o asteroide Chicxulub, responsável pela extinção dos dinossauros, atingiu a Península de Iucatã, no México.
“Não há sinais de que o animal tenha sido morto por um predador ou uma doença”, disse DePalma, em entrevista publicada no portal BBC News, na quinta-feira 7. “Como cientista, posso dizer que a morte é compatível com o impacto.”
A perna fóssil foi encontrada no sítio paleontológico de Tanis, em Dakota do Norte (EUA). Trata-se da primeira evidência de como o asteroide de 10 quilômetros de diâmetro afetou a vida na Terra, causando uma extinção em massa.
Tanis fica a cerca de 3 mil quilômetros do local onde o asteroide caiu. Ele teria causado tremores que provocaram um tsunami. Segundo DePalma, a onda levou vários animais, incluindo o tescelossauro, para o atual sítio de Tanis.
“Os detalhes da escavação são tão ricos que é como se estivéssemos vendo a destruição causada pelo asteroide em um filme”, disse DePalma.
Entre os fósseis encontrados estão peixes cujas guelras — aparelho respiratório — estavam repletas de fragmentos do asteroide, que caíram como granizo depois do impacto.
Também foram encontrados no sítio o fóssil de uma tartaruga espetada por uma estaca de madeira, pequenos mamíferos em tocas, a pele de um tricerátops e o embrião de um pterossauro ainda no ovo.
Por três anos, a BBC filmou as escavações no sítio fóssil em Tanis. Em 15 de abril, a emissora vai lançar o documentário Dinosaurs: The Final Day.