Com a América do Sul praticamente inteira governada por políticos de esquerda, depois da eleição de Gustavo Petro para a Colômbia, e com as ditaduras de Cuba e Nicarágua nas mãos de comunistas na América Central, além do México, analistas começam a se preocupar com o Panamá, país estratégico que tem sido palco de inúmeros protestos liderados por sindicalistas nas últimas semanas.
“O próximo aliado americano pode ser o Panamá, onde houve uma explosão de descontentamento social, econômico e político nas últimas semanas. Acontece que abriga o Canal do Panamá, que movimenta centenas de bilhões de dólares em comércio anualmente”, afirma a jornalista Mary Anastasia O’Grady, em artigo do The Wall Street Journal.
Em 6 de julho, ativistas de sindicatos dos professores iniciaram protestos na pequena cidade de Santiago de Veraguas. As manifestações se espalharam por todas as províncias do país. Em seguida, juntaram-se aos protestos trabalhadores representados pelo sindicato da construção civil, grupos indígenas e agricultores.
De acordo com o artigo, a situação do Panamá não é diferente da maioria das economias emergentes, profundamente afetadas pelas políticas sanitárias de bloqueios e isolamento. Milhares de empresas faliram ou reduziram drasticamente suas operações, aumentando substancialmente o desemprego e empregos informais. No Panamá, a taxa de desemprego está acima de 10%. Além disso, a inflação disparou, puxada por preços altos de combustíveis e fertilizantes.
O presidente panamenho, Laurentino Cortizo, tem demorado a dar respostas efetivas aos protestos, especialmente pela diversidade de grupos e das exigências feitas. Nem mesmo o subsídio na gasolina acalmou os ânimos dos sindicatos de professores. “Os professores se recusaram a encerrar a greve, mas o subsídio à gasolina permanece”, contextualiza o artigo.
Enquanto isso, os professores seguem em greve, mesmo sendo pagos, e o cenário de protestos se mantém. Um dos problemas é o bloqueio das estradas, que impede a passagem de caminhões com alimentos para abastecer supermercados e o escoamento dos produtos agrícolas. “Os caminhoneiros não podem distribuir alimentos importados ou locais, os agricultores estão vendo suas colheitas estragarem, as salas de aula estão fechadas e os caixas eletrônicos estão vazios”, descreve o Wall Streel Journal.
Na semana passada, a polícia usou a força para abrir temporariamente algumas rodovias, provocando conflitos com manifestantes. Mas o país continua em grande parte paralisado.
Ao finalizar o artigo, a jornalista afirma que não se trata de um “levante puramente econômico”. “A liderança do sindicato dos trabalhadores da construção é de esquerda militante, como demonstrado em um vídeo do YouTube de 2018 no qual eles gritam apoio ao ditador venezuelano Nicolás Maduro.”
https://www.youtube.com/watch?v=Kzro5pmPas8
Esses “oportunistas”, sustenta a autora, reconhecem a perda geral de confiança nas instituições democráticas do Panamá e a incapacidade do governo de oferecer soluções reais, como a flexibilização da regulamentação do mercado de trabalho e o processo de importação de medicamentos, mas, ao contrário, a classe política panamenha conquista “privilégios para si e seus comparsas”.
“Já vimos esse filme antes, da Venezuela ao Chile e mais recentemente na Colômbia”, diz o artigo. “Qualquer tentativa de contorná-lo com controles de preços e subsídios é, na melhor das hipóteses, um band-aid. Sem reformas estruturais destinadas a restaurar a credibilidade, a democracia do Panamá está em grave perigo”, conclui.
Leia também: Reportagens da Oeste sobre o avanço da esquerda no continente americano: A última trincheira e América Vermelha.
O plano sórdido da esquerda está dando certo mundo afora.
É bom notar que o Socialismo (leia-se Comunismo) é sempre empurrado garganta abaixo da população.
Pergunte aos argentinos e venezuelanos se eles estão felizes com o novo regime.