De acordo com pesquisa realizada por universidade, uma em cada cinco pessoas está sofrendo sintomas de depressão e ansiedade
Um estudo da Universidade Complutense de Madrid, com o apoio da Agência Estatal de Investigação do país, feito com 2.070 pessoas, mostra que um em cada cinco espanhóis está sofrendo com sintomas de depressão e ansiedade em meio à pandemia do coronavírus.
Apresentam sintomas significativos de depressão 22,1% da população. As mulheres, 27,8%, são mais afetadas que os homens, 17%. De acordo com a professora Carmen Valiente, coautora do estudo e professora de Psicologia Clínica, o quadro já era esperado. “Há muita especulação em relação a essa questão. Uma das principais hipóteses é a diferença hormonal”, afirmou a professora para o jornal El País.
Em análise por idade, os mais jovens são os mais atingidos. Entre 18 e 24 anos, 42,9% das pessoas apresentam sinais de depressão. Para aqueles com mais de 65 anos, os mais afetados pelo coronavírus, esse número está em apenas 9,6%.
Ansiedade e estresse pós-traumático
Os sintomas de ansiedade são apresentados por 19,6% dos espanhóis. Mais uma vez, as mulheres, 26,85%, são mais vulneráveis que os homens, 13,2%. Os mais jovens também estão mais propensos a manifestar sintomas de ansiedade.
“Um estudo na China revelou taxas semelhantes em Xangai, 20,4%, e muito maiores em Wuhan, 32,7%”, afirma o trabalho espanhol.
O estresse pós-traumático, em que a pessoa mostra sinais de depressão e ansiedade depois de viver uma experiência potencialmente traumática, também apresenta dados significativos, atingindo 19,7% dos entrevistados. Não aparecem agora diferenças expressivas entre os sexos. Os mais jovens são os mais afetados, e aqueles que convivem com os próprios filhos ou afirmam estar “muito” ou “muitíssimo” preocupados com a situação econômica também estão mais propensos a manifestar sintomas.
Um estudo efetuado no Brasil pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro aponta um aumento de 52% dos casos de depressão no Brasil em meio à pandemia do coronavírus.