Caso chamou atenção para os “vários países” que se formaram dentro da Argentina neste perído

O argentino Pablo Gustavo Musse viajou 12 horas para visitar a filha Solange que estava doente e foi impedido de entrar na província de Córdoba por causa da pandemia.
Reportagem da BBC News Brasil mostra que ele foi barrado depois que dois testes rápidos para covid-19 deram resultados inconclusivos. Na dúvida, a equipe do posto policial e da vigilância sanitária o fez voltar para casa.
Quando conseguiu a autorização da Justiça para ver a filha, ela já tinha morrido. Por causa da situação, Solange acabou morrendo sem se despedir do pai.
LEIA MAIS: Cresce a lista de empresários que estão de saída da Argentina
Agora, Musse está apelando à Corte Interamericana de Direitos Humanos e a Justiça local contra o que chamou de “perda da liberdade, direito de ir e vir e direito de se despedir da filha”.
Como destaca a BBC, o caso de Solange chamou atenção para as “ilhas” — ou “vários países” — que se formaram dentro da Argentina na pandemia. São fragmentações territoriais, ou fronteiras internas, que surgiram a partir da tentativa de se bloquear a expansão do coronavírus.