Nesta sexta-feira, 1º, Paris se tornou a primeira capital da Europa a proibir completamente o livre aluguel de patinetes elétricos.
Além da acusação de que perturbam os pedestres e motoristas, os acidentes que envolvem patinetes elétricos aumentaram consideravelmente no último ano.
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Nos últimos doze meses, foram 41 mortes relacionadas a este tipo de veículo — um crescimento de 46%.
Nova regulamentação
O decreto que proíbe o aluguel foi publicado no Jornal Oficial. Na publicação, o governo também alterou outras regulamentações ligadas ao uso do patinete.
A idade mínima para utilizá-lo nas vias públicas subiu de 12 para 14 anos, e as multas se tornaram mais rigorosas. Agora, quem for flagrado andando em dupla nos patinetes ou circulando por vias interditadas deverá pagar € 135. Antes o valor era de € 35.
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Por fim, é preciso declarar toda a venda de patinete elétrico. Um número de identificação será gravado no veículo.
Plano nacional para patinete elétrico
Em 2 de abril, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, realizou um referendo popular para consultar se os cidadãos parisienses queriam ou não proibir o uso dos patinetes elétricos na capital da França.
Embora a participação tenha sido baixa, de apenas 7,5% dos mais de 1,3 milhões de inscritos, 89% votaram para removê-los das ruas da cidade.
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Como resultado, Lime, Tier e Doot, que operavam o serviço de locação, perderam sua autorização para ocupar o espaço público em Paris. Os 15 mil equipamentos serão enviados para outras cidades e países.
Em março, o ministro dos Transportes, Clément Beaune, apresentou um plano nacional destinado a regular o uso de certos tipos de transportes nas vias públicas. O anunciou do plano ocorreu dias antes da consulta pública feita pela prefeitura de Paris sobre a livre locação dos patinetes.