Martín Vizcarra teria recebido propina de empreiteiras investigadas pela Lava Jato
Por 105 votos a favor e 4 abstenções, o Parlamento do Peru cassou o presidente Martín Vizcarra. Ele deixou o cargo na noite da segunda-feira 9. O ex-chefe do Executivo é acusado de ter recebido propinas de construtoras. O escândalo foi revelado pelo jornal El Comercio, que publicou detalhes de uma investigação com depoimentos de quatro delatores. Segundo eles, Vizcarra beneficiou-se de dinheiro ilícito na época em que foi governador do distrito de Moquegua, de 2011 a 2014. As denúncias que implicam o político são decorrentes de investigações da Lava Jato, que, além do Brasil, teve desdobramentos em vários países da América Latina onde empreiteiras mantinham negócios. Vizcarra nega as acusações.
Ele assumiu a Presidência em 2018, com a renúncia de Pedro Pablo Kuczynski, o PPK, que também caiu por causa de denúncias de corrupção. Durante o mandato, Vizcarra teve relação complicada com o Congresso. Em setembro de 2019, ele dissolveu o Parlamento, que era de maioria oposicionista. Em janeiro deste ano, promoveu eleições, mas a fragmentação não lhe deu força suficiente para sobreviver a dois pedidos seguidos de afastamento. Com o impeachment, o poder será entregue ao presidente do Congresso, Manuel Merino de Lama, até o fim da atual legislatura, em junho de 2021. A partir de então, novas eleições serão convocadas para definir o futuro do Peru.
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