Um patologista encontrou uma pedra de âmbar cinza, conhecida como “ouro flutuante”, dentro de uma baleia cachalote morta.
A descoberta ocorreu numa praia da Ilha de La Palma, nas Ilhas Canárias, um arquipélago espanhol perto da costa noroeste da África.
A Universidade de Las Palmas, na Espanha, anunciou a façanha em 30 de junho, nas redes sociais.
Ao investigar o cólon do animal, Antonio Fernández Rodríguez, chefe do Instituto de Saúde Animal e Segurança Alimentar da Universidade de Las Palmas, revelou que a pedra causou a morte da baleia.
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O objetivo mede cerca de 60 centímetros de diâmetro e pesa 9,5 quilogramas. Ele tem um valor estimado de cerca de € 500 mil (aproximadamente R$ 2,5 milhões).
O que é o “ouro flutuante” encontrado na baleia
O âmbar cinza é uma substância rara, usada por perfumistas há muito tempo. Essa pedra preciosa é produzida em uma de cada cem baleias cachalotes. A substância foi descoberta quando a caça às baleias em grande escala começou, no início do século 19.
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De acordo com o jornal The Guardian, grandes quantidades de lulas e chocos (uma espécie de molusco) ingeridas por baleias não são digeridas. A maior parte é vomitada, enquanto outra se aglutina no intestino do animal com o passar dos anos — assim, forma o âmbar cinza.
O material pode ser excretado algumas vezes, e o âmbar cinza é encontrado na superfície do mar. Em outros casos, como o da baleia em La Palma, o ouro flutuante cresce demais, rompe o intestino e mata a baleia.
Essa pedra possui um aroma amadeirado, semelhante ao sândalo. Também possui ambreína, um álcool inodoro que prolonga a fixação dos perfumes — item de interesse aos perfumistas.
Alguns países, como os Estados Unidos, a Austrália e a Índia, proibiram o comércio de âmbar cinza, em razão de caças e explorações de baleias.