Uma autoridade dos Estados Unidos afirmou que, desde a segunda-feira 2, o Departamento de Defesa (Pentágono) tinha apenas mais de US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 8,1 bilhões) em caixa para substituir as armas enviadas à Ucrânia.
O Pentágono também conta com outros US$ 5,4 bilhões (em torno de R$ 27,3 bilhões) da Autoridade de Saque Presidencial.
Congressistas pró-Ucrânia buscam uma solução para conseguir a aprovação de bilhões de dólares em mais ajuda para Kiev.
Líderes do Senado, que é controlado pelos democratas — partido do presidente Joe Biden — prometeram apresentar leis nas próximas semanas para assegurar a continuidade do apoio militar e financeiro dos Estados Unidos à Ucrânia.
Já na Câmara dos Deputados, controlada pela oposição republicana, o presidente da Casa, Kevin McCarthy, disse que precisa de mais informações do governo Biden.
Republicanos acusam McCarthy de planejar um “acordo secreto” com o presidente norte-americano para permitir a votação de um projeto de lei. McCarthy negou que tenha feito o suposto acordo.
Ajuda à Ucrânia
Os Estados Unidos enviaram a Kiev US$ 113 bilhões (cerca de R$ 572 bilhões) em ajuda militar, econômica e humanitária desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.
Em julho, Biden pediu ao Congresso que aprovasse mais US$ 24 bilhões (em torno de R$ 121 bilhões) em apoio à Ucrânia.
No último domingo, 1°, Biden havia cobrado apoio dos congressistas republicanos para um novo pacote de auxílio econômico e militar à Ucrânia. O presidente disse que estava farto do conflito entre os partidos e pediu à oposição para parar de levar as negociações até o limite.
“Esse jogo arriscado precisa acabar, não deveria haver outra crise. Eu insto fortemente meus amigos republicanos no Congresso a não esperarem. Não percam tempo como fizeram durante meses”, disse Biden.
“Aprovem um acordo orçamentário de um ano e honrem o acordo que fizemos alguns meses atrás.”
Porém, opositores republicanos querem frear o envio de mais ajuda à Ucrânia. Muitos republicanos aliados do ex-presidente Donald Trump, que tentará ser eleito novamente no próximo ano, continuam sua campanha contra a concessão de mais dinheiro a Kiev.