Uma descoberta sacudiu o mundo acadêmico. Trata-se de um “capítulo oculto” do texto bíblico escrito há mais de 1,5 mil anos. O autor da descoberta foi Grigory Kessel, membro da Academia Austríaca de Ciências. E o trecho encontrado corresponde a partes dos capítulos 11 e 12 do Evangelho Segundo São Mateus escrito na antiga língua siríaca. O trecho descoberto, apesar de pequeno, traz novos detalhes à narrativa evangélica.
Os pesquisadores descobriram o trecho oculto depois que aplicar luz ultravioleta sobre um manuscrito que continha histórias cristãs e hinos antigos guardados na Biblioteca do Vaticano. O trecho do livro de S. Mateus havia sido raspado do pergaminho, uma prática comum dos antigos escribas, a fim de que um novo texto pudesse ser escrito sobre o antigo — material para escrita era caro na antiguidade, portanto cada centímetro do pergaminho tinha de ser aproveitado.
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Em entrevista ao MailOnline, Garrick Allen, professor sênior de estudos do Novo Testamento na Universidade de Glasgow, na Escócia, falou sobre a importância da descoberta: “É altamente interessante, mas não é inovadora isoladamente, principalmente porque o texto recém-identificado é constituído apenas de partes fragmentárias de Mateus 11-12. A tradução siríaca da Bíblia é importante por conta própria, como uma das primeiras traduções do grego. Isso nos dá uma visão sobre os primeiros estágios do texto da Bíblia e as comunidades que produziram essas traduções”.
O que diz o novo texto?
Os novos detalhes da narrativa de S. Mateus enriquecem a narrativa ao fornecer novas informações sobre os fatos descritos. Na versão grega do capítulo 12, o versículo diz: “Naquele tempo, Jesus passou pelos campos de trigo no sábado e seus discípulos ficaram com fome e começaram a colher espigas e comer”. A tradução siríaca é mais detalhada: “[…] começaram a colher as espigas, esfregá-las nas mãos e comê-las”.
As descobertas foram publicadas na revista New Testament Studies.
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Revista Oeste
Os pesquisadores por certo não leram a Bíblia. Se tivessem lido, saberiam que o Evangelho é narrado em quatro livros distintos, por diferentes autores. São os conhecidos livros de abertura do Novo Testanento – Mateus, Marcos, Lucas e João. A história é a mesma, mudam os detalhes.
Concordo quando os pesquisadores dizem que a descoberta “não é inovadora isoladamente” porque em Lucas 6: 1 tem o registro detalhado desta passagem de Mateus 12: 1.
“E aconteceu que, no segundo sábado após o primeiro, passou pelas searas, e os seus discípulos iam arrancando espigas e, esfregando-as com as mãos, as comiam.”
Lucas 6:1