Na terça-feira 1°, cinco crianças entre 7 e 11 anos foram presas depois de participarem de um protesto em Moscou. Os manifestantes criticavam o presidente Vladimir Putin por atacar a Ucrânia. O conflito já está no oitavo dia.
Acompanhadas das mães, as crianças seguravam flores e cartazes com a frase “Não à guerra”, em frente à Embaixada da Ucrânia. A professora universitária Alexandra Arkhipova foi a primeira a compartilhar a história nas redes sociais.
Segundo Alexandra, duas mulheres, mães das crianças, também foram presas. A acadêmica relatou que as crianças e as mulheres foram liberadas da delegacia horas após a detenção e receberam multas em virtude do ato.
Um vídeo compartilhado pela professora mostra uma das crianças, ainda detida, chorando. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, compartilhou as imagens no Twitter com críticas a Putin:
Putin is at war with children. In Ukraine, where his missiles hit kindergartens and orphanages, and also in Russia. 7 y.o. David and Sofia, 9 y.o. Matvey, 11 y.o. Gosha and Liza spent this night behind bars in Moscow for their ‘NO TO WAR’ posters. This is how scared the man is. pic.twitter.com/eSenU1D5Ut
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) March 2, 2022
Até o momento, a estimativa é que 7 mil pessoas já tenham sido presas na Rússia por protestas contra a invasão da Ucrânia. Entre elas, está a sobrevivente da Segunda Guerra Mundial Yelena Osipova, de 77 anos.
Leia também: “A Ucrânia balança o mundo”, reportagem publicada na Edição 101 da Revista Oeste