Um relatório do Serviço de Informações de Segurança de Portugal (SIS) revelou a presença de cerca de mil pessoas ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC), considerada a maior facção criminosa das Américas.
O PCC controla parte do grande tráfico internacional de cocaína da América do Sul, com destino ao mercado europeu. De acordo com o relatório do SIS, o grupo cuida da logística de desembarque em solo português, do armazenamento e da distribuição de grandes carregamentos de cocaína para outros países da Europa. O envio é feito por terra.
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De acordo com a CNN de Portugal, o documento foi apresentado em duas reuniões promovidas pelo serviço secreto português. Nos encontros, as autoridades informaram que a maioria dos mil criminosos do PCC atuando no país estaria agindo na capital, Lisboa. Ao menos 20 membros estão nas prisões portuguesas.
O relatório mostra ainda a relação entre o aumento da presença do PCC em Portugal e a crescente onda de violência relacionada ao narcotráfico no país. Portugal tem registrado casos de tiroteios e homicídios na Grande Lisboa. O fenômeno poderia ser explicado pelas brigas entre integrantes da facção criminosa e grupos rivais que tentam desviar a droga.
Polícia Federal investiga esquema de vistos para beneficiar os traficantes do PCC
Em parceria com autoridades de Portugal, a Polícia Federal (PF) está investigando fraudes na emissão de vistos de permanência no país lusitano. O esquema envolveria traficantes do PCC e funcionários do Consulado de Portugal no Rio de Janeiro.
Os policiais brasileiros apuram se houve agendamento ilícito de vagas para a prática de atos consulares, além de crimes como corrupção e falsificação de documentos por funcionários do consulado na capital fluminense. O suposto favorecimento seria para a obtenção de vistos e nacionalidade portuguesa.
A PF quer saber se o esquema teria favorecido membros do PCC a viajar e permanecer no país europeu legalmente. Nesta terça-feira, 7, a PF cumpriu cinco mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e na cidade de Saquarema, na Região do Lagos, norte fluminense.
Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal brasileira. Trinta agentes de segurança portugueses e membros do Ministério Público de Portugal participam da operação por meio de cooperação jurídica internacional.
A operação foi batizada de “Agendródomo”, em alusão aos agendamentos consulares.
Se Portugal não se livrar deles agora, o país vai se transformar em colonia do Brasil.
O serviço secreto português garante que tem mil elementos do PCC no país. Eles chegaram até ao requinte de contá-los… 1.000 elementos! E por acá, a PF sabe quantos elementos do PCC tem por aí? Ou são tantos que até perderam a conta?
Podem começar a contá-los na praça dos três poderes.