Um programa-piloto em San Francisco fornece doses de cerveja e vodca para sem-teto alcoólatras, financiado por contribuintes. O Programa de Álcool Gerenciado (MAP), operado pelo Departamento de Saúde Pública da cidade, visa a manter os sem-teto longe das ruas e reduzir a carga sobre os serviços de emergência.
Especialistas afirmam que o programa pode salvar ou prolongar vidas, mas há críticas que pedem mais investimento em tratamentos de sobriedade. O MAP foi iniciado durante a pandemia de covid-19 para evitar que sem-teto em isolamento sofressem com abstinência.
Inicialmente com dez camas, o programa foi expandido para 20 camas em um antigo hotel em Tenderloin, com um orçamento anual de US$ 5 milhões, segundo o San Francisco Chronicle.
Expansão do programa
Alice Moughamian, gerente de enfermagem do programa, explicou que enfermeiros oferecem aos participantes um quarto de motel, três refeições diárias e doses de álcool suficientes para manter um nível seguro de intoxicação.
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O sucesso inicial na estabilização dos pacientes levou à expansão do programa, que agora inclui dez camas para a “população latina e indígena” e 12 camas adicionais no centro de sobriedade da cidade.
Bryce Bridge, assistente social, disse que os clientes são avaliados para determinar suas necessidades individuais e recebem assistência médica, psiquiátrica e atividades de bem-estar. “Na verdade, os conectamos a diferentes organizações comunitárias que nos ajudam a realizar grupos de arte, grupos de poesia e apenas a explorar maneiras de se expressar”, afirmou Bridge.
Apesar dos benefícios relatados, o programa está sob escrutínio após críticas de Adam Nathan, CEO de uma empresa de inteligência artificial (IA) e presidente do Exército de Salvação de San Francisco. Ele postou nas redes sociais sobre sua visita ao hotel onde o programa é operado.
Nathan afirmou que os sem-teto podem pegar cerveja o dia todo em barris no local, o que ele considera um método ineficaz de tratar o vício. “Toda a situação é muito estranha para mim e simplesmente não parece certa”, ressalta ele. “Fornecer drogas gratuitas para viciados em drogas não resolve seus problemas. Apenas os estende. Onde está a recuperação nisso tudo?”
Autoridades de saúde pública de San Francisco rebateram algumas das alegações de Nathan, ao afirmarem que o álcool é distribuído por enfermeiros e que as torneiras de cerveja no local estão inoperantes.
O prefeito London Breed também criticou o programa. Disse que a redução de danos “não reduz o dano”, mas “torna as coisas muito piores”. Já Tom Wolf, em recuperação de vício em heroína, sugeriu que os recursos públicos deveriam ser direcionados para desintoxicação e recuperação em vez de gerenciar as adições.
Resultados e economia
Moughamian esclareceu que o objetivo do MAP não é promover a abstinência, mas mitigar os danos associados ao consumo inseguro de álcool. Segundo o Departamento de Saúde, o programa economizou US$ 1,7 milhão em seis meses devido à redução nas visitas ao hospital e de chamadas para a polícia.
Visitas ao centro de sobriedade da cidade caíram 92%, as idas à sala de emergência diminuíram mais de 70%, e as chamadas para serviços médicos de emergência foram cortadas pela metade. Apenas cinco sem-teto alcoólatras custaram à cidade mais de US$ 4 milhões em transportes de ambulância ao longo de cinco anos, com até 2 mil transportes no período.
O programa de álcool gerenciado tem sido adotado de forma mais extensa em outros países, como Canadá, Portugal e Reino Unido. No Canadá, onde existem mais de 40 programas semelhantes, estudos revelam que sem-teto alcoólatras apresentam risco reduzido de morte e menos estadias hospitalares após participarem dos programas.
Contando ninguém acredita:
1. Infle as estatísticas (tatatísicas) dos ‘custos’ de um andarilho ébrio.
2. Forneça-lhes cerveja ad libitum. Com dinheiro público. Com impostos.
A Budweiser adorou! Agora, ela pode continuar colocando travesti em propaganda, que já tem venda garantida.
E não é o Febeapá…