O primeiro-ministro do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, renunciou ao cargo neste sábado, 9, depois de as lideranças de seu partido exigirem que ele e o presidente do país, Gotabaya Rajapaksa, deixassem o governo. A decisão foi confirmada após manifestantes invadirem a residência e o escritório presidenciais, localizados na capital do país, Colombo.
Manifestantes invadindo o palácio presidencial do Sri Lanka hj de manhã. A crise econômica lançou o país na falência, c/o governo sem recursos nem sequer p/os serviços mais básicos. O presidente fugiu. pic.twitter.com/jUD28O56ag
— Hoje no Mundo Militar (@hoje_no) July 9, 2022
Segundo o porta-voz do premiê, Wickremesinghe disse aos líderes do partido que renunciará assim que todas as legendas concordarem em formar um novo governo. Ele havia assumido o cargo em maio.
Rajapaksa, cuja família dominou a política do Sri Lanka na maior parte dos últimos 20 anos, não emitiu nenhum comunicado oficial. Ele enfrenta o maior protesto ocorrido na história do país, com a entrada de dezenas de milhares de pessoas em sua residência e no escritório oficiais. Os cidadãos o culpam pela crise econômica que assola a região.
De acordo com a Agence France-Presse, Rajapaksa fugiu para um local seguro minutos antes de a residência ser invadida pelos manifestantes.
Situação totalmente caótica no Sri Lanka por causa da crise econômica. O PM do país disse q o país está falido e o presidente fugiu p/local incerto hj de manhã após a multidão cercar a residência oficial. Recolher obrigatório nas principais cidades. pic.twitter.com/iSkrK05wUH
— Hoje no Mundo Militar (@hoje_no) July 9, 2022
A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que quase 30% dos 21 milhões de habitantes do país correm o risco de não ter acesso a alimentos. A economia do Sri Lanka está em frangalhos, e o governo suspendeu o pagamento de empréstimos estrangeiros. A dívida externa total ultrapassa os R$ 50 bilhões.
Socialismo dá nisso.