O Prêmio Nobel de Física de 2022 vai para um trio de cientistas: o francês Alain Aspect, 75 anos, o norte-americano Jonh F. Clauser, 79, e o austríaco Anton Zeilinger, 77. O anúncio foi feito pelo comitê organizador nesta terça-feira, 4.
O trio foi premiado por descobertas pioneiras em ciência da informação quântica, mais especificamente em relação ao uso do entrelaçamento quântico como uma ferramenta experimental, que abre caminho para novas tecnologias.
Segundo a Academia Real das Ciências da Suécia, que seleciona os ganhadores, a pesquisa dos laureados “estabelece a fundação para uma nova era da tecnologia quântica”.
No mecanismo chamado de entrelaçamento quântico, duas partículas quânticas estão perfeitamente correlacionadas, independentemente da distância entre elas, disse o júri, em um comunicado. “Ser capaz de manipular e gerenciar estados quânticos e todas as suas camadas de propriedades nos dá acesso a ferramentas com potencial inesperado”, informou o instituto.
BREAKING NEWS:
The Royal Swedish Academy of Sciences has decided to award the 2022 #NobelPrize in Physics to Alain Aspect, John F. Clauser and Anton Zeilinger. pic.twitter.com/RI4CJv6JhZ— The Nobel Prize (@NobelPrize) October 4, 2022
“Os efeitos indescritíveis da mecânica quântica estão começando a encontrar aplicações. Existe agora um grande campo de pesquisa que inclui computadores quânticos, redes quânticas e comunicação criptografada quântica segura.” Segundo a Academia Real das Ciências da Suécia, o estado de entrelaçamento quântico abre um leque de possibilidades para o armazenamento, a transferência e o processamento de informações e pode ser aplicado em computação e em algoritmos para encriptação de dados.
Os cientistas dividirão o prêmio, que totaliza 10 milhões de coroas suecas (ou cerca de R$ 4,8 milhões).
Os trabalhos dos laureados
Os três pesquisadores foram os primeiros a explorar sistemas com mais de duas partículas entrelaçadas.
O austríaco Anton Zeilinger investigou estados quânticos emaranhados, e seu grupo de pesquisa “demonstrou um fenômeno chamado teletransporte quântico, que possibilita mover um estado quântico de uma partícula para outra a distância”, resumiu a academia sueca.
O francês Alain Aspect desenvolveu uma configuração “para fechar uma brecha importante”: “Ele foi capaz de alterar as configurações de medição depois que um par emaranhado deixou sua fonte, de modo que as configurações que existiam quando foram transmitidas não poderiam afetar o resultado”.
Já o norte-americano John Clauser construiu um aparelho que emitia dois fótons emaranhados por vez, cada um para um filtro, que testava sua polarização. O resultado foi uma clara violação de uma desigualdade de Bell, o que estava de acordo com as previsões da mecânica quântica.
Não entendi nada.Deve ser mais uma manobra para controlar as pessoas.Coisa boa não pode ser.