A Argentina terá respaldo da Espanha nas renegociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI). É o que garantiu o presidente socialista Pedro Sánchez ao peronista sul-americano Alberto Fernández, que tem de pagar US$ 44 bilhões à instituição financeira estrangeira. O chefe de Estado argentino está em “romaria” na Europa de modo a conseguir apoio nas tratativas com o FMI. “Durante estes longos meses, e também na Cúpula Ibero-Americana, ambos os governos têm trabalhado para revisar o mecanismo de sobretaxas do FMI, que está prejudicando muito as possibilidades econômicas e financeiras da Argentina”, declarou o espanhol Sánchez, ao lado de Fernández, na terça-feira 11.
“O que pedimos é que este mecanismo seja suspenso na pandemia e espero que, antes de outubro, o FMI o aborde e o elimine de uma vez por todas”, acrescentou Sánchez. Espanha e Argentina trabalham, juntas, para abrir canais de financiamento internacionais através dos instrumentos que as organizações financeiras internacionais têm para os países de rendimento médio. “O que é essencial quando se trata de reativar a economia e recuperar os níveis anteriores de antes da pandemia”, disse Sánchez. Durante a viagem a outras nações, Fernández conseguiu rediscutir o saldo da Argentina com o Clube de Paris, após conversas com o presidente da França, Emmanuel Macron, na segunda-feira 10.
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