Partiu da Flórida nesta sexta-feira, 8, a primeira missão espacial totalmente privada. Lançada pela Space-X com quatro tripulantes, a operação Axion Space 1 (Ax-1) decolou às 12h17 (horário de Brasília).
Com destino à Estação Espacial Internacional, o ato é resultado de esforços da Nasa para promover um mercado comercial na órbita da Terra. Dessa forma, pretende-se iniciar uma nova era de exploração espacial, que permite que mais pessoas embarquem nas jornadas espaciais.
“Essa é a prova que a era do ouro dos voos espaciais comerciais chegou”, disse Bill Nelson, administrador da Nasa.
Os tripulantes
Os membros da Ax-1 que irão voar no foguete Falcon 9 são: Michael López-Alegría, ex-astronauta da Nasa; Larry Connor, empreendedor; Mark Pathy, astronauta particular; e Eytan Stibbe, ex-piloto de caça israelense.
López-Alegría trabalhou como astronauta da Nasa durante 20 anos. Agora, é o comandante da missão Ax-1. Connor é o piloto e Pathy e Stibbe serão especialistas em missões.
Por dentro da missão
A Ax-1 vai levar diversas pesquisas científicas e deverá conduzir mais de 20 experimentos em ciência, educação, entre outras áreas. A missão vai durar dez dias, sendo que a tripulação passará oito dias na Estação Espacial realizando pesquisas científicas.
Três dos tripulantes pagaram pelos assentos, desembolsando mais de US$ 50 milhões para viajar até o complexo espacial. A Ax-1 planeja criar a Axiom Station, primeira estação espacial comercial na órbita da Terra. Se tudo der certo, a nova estação será lançada até 2024.
Experimentos científicos
Larry Connor, um dos tripulantes, irá trabalhar em parceria com algumas clínicas desenvolvendo pesquisas sobre o coração, células senescentes e ressonâncias magnéticas, para verificar se voos espaciais afetam os tecidos da espinha vertebral e do cérebro.
Mark Pathy vai atuar em projetos de pesquisa que representam universidades, startups e instituições de saúde. Um dos projetos é o “holoporte”, que permite que os usuários se comuniquem de maneira remota por projeções tridimensionais, como um holograma.
Além disso, ele vai liderar pesquisas para um hospital infantil, estudando dores crônicas e distúrbios do sono. Ele também vai observar a Terra para entender melhor os efeitos do aquecimento global.
Entre outros experimentos, está o projeto Tessellated Electromagnetic Space Structures for the Exploration of Reconfigurable, Adaptive Environments (Tesserae), que vai testar tecnologias para uso de robôs para construções de objetos, em especial, estações espaciais.