Israel destruiu cerca de dois terços dos regimentos de combate do Hamas na Faixa de Gaza. A afirmação foi do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, que prometeu manter a guerra até a “vitória completa”.
“Há duas frentes de batalha: a primeira é destruir os regimentos do Hamas, que são as estruturas organizadas de batalha deles”, declarou em coletiva de imprensa, em Tel-Aviv.
“Até agora, 16 ou 17 de 24 deles foram destruídos. Depois disso tem a frente de limpar o território [dos terroristas].”
+ Leia as últimas notícias sobre Mundo no site de Oeste
Segurando uma foto de um soldado israelense falecido, Netanyahu afirmou que suas tropas não terão morrido em vão e prometeu continuar lutando até que o Hamas seja derrotado e os reféns sejam libertados na Faixa de Gaza.
“A vitória demandará muitos outros meses, mas estamos determinados a alcançá-la”, acrescentou.
Israel não quer dois Estados depois da guerra
O primeiro-ministro também disse nesta quinta-feira, 18, que comunicou aos Estados Unidos que rejeita a criação de um Estado palestino em qualquer cenário depois da guerra.
Ele ressaltou que só vai concordar com um acordo que conceda a Israel o controle de segurança sobre toda a Faixa de Gaza.
A declaração de Netanyahu ocorreu depois da informação de que países árabes já teriam discutido com Washington uma iniciativa que visa encerrar o conflito com a condição da solução de dois Estados — algo também defendido pelos EUA. Porém, o governo israelense discorda da proposta.
+ Veja: Israel: ação da África do Sul pode transformar conflito de Gaza em ‘guerra diplomática’
Depois da declaração de Netanyahu, o Departamento de Estado norte-americano afirmou que não há como resolver os desafios de segurança na região e reconstruir Gaza sem o estabelecimento de um Estado palestino.
Segundo o jornal Financial Times, o plano dos países árabes envolve um cessar-fogo em Gaza e a libertação de reféns pelo Hamas como parte de um acordo mais amplo já discutido com os governos dos EUA e da Europa.
Esse plano ofereceria a Israel a possibilidade de normalizar laços com essas nações, desde que o país concorde com medidas “irreversíveis” relacionadas à criação de um Estado palestino.
+ Leia também: ‘Preço é alto, mas não há opção’, diz primeiro-ministro de Israel sobre guerra