Manifestação conta com apoio do presidente de esquerda; o primeiro-ministro Boyko Borissov é de centro-direita
![Protestos Bulgária](https://medias.revistaoeste.com/wp-content/uploads/2020/07/Protesto-Bulgaria-1024x682.jpg)
Milhares de pessoas devem participar em Sofia, capital da Bulgária, do sétimo dia seguido de protestos contra o governo do país. Os manifestantes também estão convocando uma greve geral a fim de pressionar o primeiro-ministro.
Os manifestantes acusam o primeiro-ministro da Bulgária, Boyko Borissov, que é de centro-direita, de conexões criminosas e corrupção e pedem sua renúncia. Eles também pedem a renúncia do procurador-geral do país, Ivan Geshev.
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Os protestos na Bulgária são certamente os maiores que acontecem no país da Europa Oriental em mais de sete anos. A Bulgária conta com pouco mais de 7 milhões de habitantes.
Disputa com o presidente
Tudo começou na última semana, quando Geshev ordenou uma operação policial no escritório presidencial. Dois assessores foram detidos por suspeita de divulgação de documentos confidenciais e por tráfico de influência. A informação é da televisão europeia Euronews.
A operação foi vista como uma forma de pressionar o presidente. Eleito em 2017, Rumen Radev foi comandante da Força Aérea do país e teve o apoio do Partido Socialista em sua campanha. Desde que assumiu o poder, ele tem feito críticas abertas ao governo de Boyko Borissov.
Em postagem em sua conta do Facebok, Radev afirmou que os protestos são contra “a máfia que está no poder” e que com certeza “não há poder que possa deter as manifestações”.
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O primeiro-ministro posteriormente também se manifestou nas redes sociais, afirmando que respeita manifestações pacíficas. “Respeito o direito de todos se manifestarem. Minha porta sempre está aberta ao diálogo.”
Ele completou: “O poder nos foi dado pelo povo, e vamos exercê-lo com responsabilidade”.
Desde o início, a grande maioria dos protestos ocorreu de forma pacífica. Aconteceram poucos casos de vandalismo e confronto com as forças policiais. Com isso, alguns manifestantes foram detidos.