O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, disse na quarta-feira 6 não ver indicação de que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, tenha mudado seu objetivo de tomar o controle da Ucrânia. A invasão dura há seis semanas.
“Não vimos nenhuma indicação de que Putin mudou sua ambição de controlar toda a Ucrânia e também de reescrever a ordem internacional”, afirmou Stoltenberg. “Então, precisamos estar preparados para o longo prazo.”
Stoltenberg também considerou que a invasão da Ucrânia poderá durar alguns anos. “Temos de ser realistas e perceber que isso poderá durar muito tempo, meses ou até anos”, ressaltou.
Apoio à Ucrânia
A Otan concordou em fornecer novos armamentos para a Ucrânia, informaram os representantes da aliança nesta quinta-feira, 7. Nas últimas semanas, a Rússia concentrou seus ataques na cidade de Bucha, localizada a cerca de 60 quilômetros de Kiev.
Em razão dessa ofensiva, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu que as potências ocidentais agissem mais rápido e fornecessem mais suprimentos para o seu país. “Muitas pessoas poderão morrer caso a ajuda chegue tarde demais”, salientou.
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Depois de não ter conseguido controlar Kiev, a Rússia retirou seus soldados de grande parte do território localizado ao norte da capital ucraniana. As tropas de Vladimir Putin estão se reorganizando antes de uma nova investida na região do Donbass, onde estão as cidades de Luhansk e Donetsk.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, confirmou que os aliados concordaram em fortalecer o apoio à Ucrânia. “Foi uma mensagem clara que os aliados devem agir e estar prontos para fornecer mais equipamentos”, observou. “Eles percebem e reconhecem a urgência.”
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