O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 14, que a guerra contra a Ucrânia só vai acabar quando Moscou conquistar a vitória. O Kremlin ordenou a invasão do país vizinho em fevereiro de 2022.
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Putin participou do tradicional evento de fim de ano russo, em que responde a cidadãos selecionados por todo o país. Neste ano, o encontro ocorreu simultaneamente a uma coletiva de imprensa, que contou com 600 jornalistas russos e internacionais.
Durante a conversa, o presidente russo comentou que a guerra contra a Ucrânia só irá acabar quando “atingir seus objetivos, que não mudaram”. O político também relembrou o suposto motivo do conflito. “Estamos falando de desnazificação da Ucrânia, sua desmilitarização, seu status neutro”, disse.
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O presidente também afirmou que estava pronto para entrar em um acordo com a Ucrânia em março de 2022, mas as negociações foram abandonadas por Kiev, em virtude das exigências de Moscou.
“Sobre a desmilitarização, se eles não quiserem chegar a um acordo, então seremos forçados a tomar outras medidas, incluindo militares”, disse Putin. “Ou iremos concordar sobre certos termos.”
Ucrânia segue ocupada pela Rússia
Atualmente, 20% da Ucrânia está ocupada pelo país vizinho, que atinge principalmente a região leste. Segundo Putin, cerca de 617 mil soldados russos estão envolvidos no conflito. O número de baixas não foi divulgado.
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A Rússia mobilizou em 2022 cerca de 320 mil reservistas para suprir a carência crônica de forças nas frentes. Antes do conflito, o país contava com 900 mil militares, e o número saltou para 1,2 milhão.
Já a Ucrânia, possui cerca de 688 mil militares envolvidos no conflito. O número é bem superior ao de antes da invasão, que eram 200 mil.