O presidente da Rússia, Vladimir Putin, sugeriu que não irá aderir à trégua olímpica durante os Jogos Olímpicos de Paris. A competição começa em 26 de julho. A informação foi divulgada pelo jornal francês Le Monde na tarde desta sexta-feira, 17.
Depois de uma visita de dois dias à China, Putin declarou à imprensa russa: “Estes princípios olímpicos, que incluem a trégua olímpica, são muito justos. Mas poucos países os respeitaram ao longo da história, exceto a Grécia antiga”.
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O presidente russo também mencionou que a Rússia prosseguirá com suas operações militares na Ucrânia. Na prática, o Kremlin deve ignorar o apelo do presidente francês, Emmanuel Macron.
Além disso, Putin sugeriu que a exclusão da Rússia dos Jogos de Paris, por causa da sua invasão da Ucrânia, libera Moscou da obrigação de seguir os princípios estabelecidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
Putin critica funcionários esportivos internacionais
“Os funcionários esportivos internacionais violam hoje os princípios da Carta Olímpica em relação à Rússia, ao impedir nossos atletas de participar dos Jogos Olímpicos sob nossa bandeira, com nosso hino nacional”, disse Putin. “Mas querem que nos submetamos às regras que nos impõem. Para exigir algo dos outros, você mesmo deve respeitar as regras.”
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Nesta sexta-feira, a Rússia seguiu com seus ataques contra a Ucrânia. O Exército russo atacou as cidades de Krasnohorivka, Chasiv Yar e a aldeia de Bahatyr. O ataque deixou três pessoas mortas e outras duas feridas. A informação foi divulgada pelo governo regional de Donetsk.
EUA liberam Ucrânia para atacar Rússia com armas norte-americanas
Os EUA autorizaram o governo ucraniano, liderado pelo presidente Volodymyr Zelensky, a usar armas norte-americanas para atacar a Rússia, em meio ao agravamento da situação militar no país em guerra. A decisão foi tomada na quarta-feira 15.
Em uma coletiva de imprensa em Kiev, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, declarou que seu país “não encoraja o uso” de mísseis e munição contra o território russo. Ele alega que isso pode intensificar a resposta de Putin, mas ressalta que a decisão de usar essas armas cabe ao governo ucraniano.
Blinken viajou a Kiev por causa da deterioração da posição militar ucraniana e anunciou que os EUA estão acelerando o envio de munição e armamentos para seus aliados.
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Ele revelou que um novo pacote de ajuda de R$ 10,2 bilhões para a indústria bélica da Ucrânia será liberado em breve, sem especificar se essa quantia faz parte do auxílio de R$ 300 bilhões aprovado pelo Congresso norte-americano em abril.
“Estamos apressando o envio de munição, veículos blindados, mísseis e defesas aéreas para as linhas de frente”, afirmou Blinken.
Ao seu lado, o chanceler ucraniano, Dmitro Kuleba, ressaltou que “cada atraso de fornecimento resulta em revés no campo de batalha”.