Duas mulheres foram presas pela polícia francesa nesta segunda-feira, 6, no Centro Pompidou-Metz, no nordeste da França, após ter como alvo de vandalismo o quadro A Origem do Mundo (1866), de Gustave Courbet, uma pintura centrada em um torso nu e vulva exposta. As feministas grafitaram “Me too“ (“Eu também”, em português) na obra.
A polícia informou que o quadro estava protegido por um painel de vidro e que os danos ainda serão avaliados.
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A obra estava emprestada ao Centro Pompidou-Metz pelo Museu d’Orsay de Paris, como parte de uma exposição centrada no psicanalista francês Jacques Lacan, que foi proprietário da pintura.
As jovens se indentificaram como artistas performáticas. Elas trabalham com a artista e ativista Deborah de Robertis, que já foi notícia por aparecer nua na frente de Olympia (1863), de Édouard Manet, e da Mona Lisa.
De Robertis disse ter organizado a ação como parte de um trabalho de performance chamado “Você Não Separa a Mulher do Artista”. A ativista contou à AFP que as ações foram uma “performance feminista”.
Após o vandalismo, as mulheres foram arrastadas por seguranças enquanto entoavam “Me too“ (Eu também).
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Autoridades condenam vandalismo
A ministra da Cultura, Rachida Dati, disse que cinco obras foram alvo dos ataques.
“Para os ‘ativistas’ que pensam que a arte não é poderosa o suficiente para transmitir uma mensagem sozinha… “, escreveu Dati em seu perfil no Twitter/X. “Uma obra de arte não é um pôster para colorir com a mensagem do dia.”
O prefeito de Metz, François Grosdidier, condenou o que descreveu como “um novo ataque à cultura, desta vez por feministas fanáticas”.
Deveriamos deixá-las nuas, pixá-las de Me Too em tinta vermelha a óleo de entregar uma estopa com thiner para que se limpem.
Vão pensar duas vezes antes de pixar outras obras de arte.