Um quartel-general da Rússia, na Península da Crimeia, tornou-se alvo de mísseis da Ucrânia nesta sexta-feira, 22. Instalações russas ainda sofreram um grande ataque cibernético.
Pelo menos um militar russo morreu por causa dos mísseis. Outros cinco disparados contra a Crimeia teriam sido interceptados, segundo o Kremlin.
Esse é considerado o mais ousado ataque dos ucranianos, que enfrentam dificuldades em suas contraofensivas nos territórios ocupados pelos russos.
De acordo com o governo local, as ações desta sexta-feira foram isoladas. Os russos não esperam novos ataques. Não houve danos à infraestrutura civil.
Contudo, moradores da Crimeia relatam ter sido orientados a evitar o centro da cidade, onde fica o edifício da Marinha da Rússia.
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Dezenas de bombeiros foram enviados ao local, e várias estradas foram fechadas. “Peço que mantenham a calma e não publiquem fotos ou vídeos” disse o governador, Mikhail Razvojaiev, sob o argumento de que a divulgação dos materiais pode ser explorada pela inteligência ucraniana. “Se ouvirem sirenes, dirijam-se aos abrigos.”
Mais mísseis da Ucrânia foram lançados na Crimeia
A Crimeia foi atingida por um ataque cibernético “sem precedentes” contra seus provedores de internet, segundo autoridades locais. Não foi divulgado o alcance desse ataque e o número de pessoas afetadas.
Pressionado por aliados, em razão do tímido avanço nas contraofensicas, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi a Washington pedir mais armas e dinheiro ao governo norte-americano. Contudo, deparou com um clima menos hospitaleiro que o encontrado em sua primeira passagem pela capital norte-americana, no ano passado.
Os Estados Unidos já forneceram cerca de R$ 231 bilhões em ajuda militar à Ucrânia, desde a invasão russa. O balanço é do conselheiro especial de segurança da Casa Branca, Jake Sullivan.
A Ucrânia está perdendo o suporte dos aliados. A Polônia anunciou, nesta semana, que não enviaria mais armas para Zelensky. Segundo o Instituto para Economia Mundial de Kiel (Alemanha), Varsóvia é a sexta maior fornecedora de ajuda militar a Kiev desde a invasão de fevereiro de 2022.
Gostei do Ataque.
Não gostei da diminuição do suporte dos aliados da Otan.